Moro em São Paulo! E agora?
Capitulo 24
Crise.
Se passava um pouco mais de uma da manhã daquela quarta-feira. Pulei a janela do meu quarto com minha lata de cola e sentei no degrau da varanda e comecei a cehirar cola.
Eu estava ouvindo vozes vinte quatro horas por dia, mas não tinha visões sem a cola. Então mesmo assim continuei cheirando.
E logo comecei as vozes começaram a me torturar. Elas diziam que eu era muito feio e estranho e que jamais seria alguém na vida.
Comecei a me irritar com isso e quando vi estava discutindo com eles.
A discussão ficou feia. Dizia se vocês realmente são meus amigos, jamais fariam isso comigo... Logo sem perceber já estava mandando eles tomarem no cu. Disse quer saber não quero mais! Não vou mais cheirar cola. E peguei a lata e joguei inteirinha fora. Joguei num terreno baldio que ficava em frente da minha casa e era totalmente cercado. Não tinha como entrar e pegar de volta... E ainda joguei ela com a tampa aberta pra que a cola viesse a secar e assim não poderia me arrepender da minha decisão.
As vozes ficaram furiosas com minha reação e disseram:
- Ah é? Você vai ver. Você nunca mais vai dormir. Ameaçaram-me.
Pulei de volta pra dentro do quarto e deitei pra dormir.., as vozes não paravam de falar. Enlouquecendo-me. Liguei a TV para pegar no sono e logo adormeci.
Foi quando percebi estava dentro de um castelo antigo e escuro. Estava sozinho.
Ai comecei a ouvir um rugido de um animal feroz... Senti um frio na espinha...comecei a correr desesperadamente.
Foi então que pude ver um animal estranho... El tinha corpo igual a de um boi, era to cinzento mas a cabeça era de uma caveira como de um ser humano.
O rugido dele era de acovardar qualquer um. Corri um pouco mais depressa... Mas foi quando me dei conta que quanto mais corria. Mais se aproximava daquele monstro... Ele estava dentro de um porão. Meu coração doeu de tanto bater... Acordei.
As vozes estavam rindo. Dobrei meu joelho e orei assustado. Levantei e acendi a luz..a luz da TV somente não ajudava tirar o pânico.
Logo adormeci novamente.
Tive outro pesadelo com demônios vindo me pegar. Acordei aos berros dessa vez.
Não consegui dormir mais.
Durante o dia assim que fechava os olhos cochilando tinha pesadelo. Comecei a chorar.
Isso durou uma semana de pesadelos e noites mal dormidas... mas eu não queria mais cheirar cola mesmo... Aquilo havia saído do meu controle.
As vozes não me deixavam em paz. Comecei a ir à igreja.
Mas até mesmo dentro da igreja eles falavam comigo. Eles nunca me deixava em silencio. Quando passava na rua e via alguém sentado sozinho na calçada pensando na vida, morria de inveja. Porque já não tinha mais esse direito.
Começou uma fase terrível da minha vida. A pior.
terça-feira, 12 de maio de 2009
Moro em São Paulo! E agora?
Capitulo 23
Recomeçando de novo
Não sei dizer o real motivo, mas apenas sei que o meu retorno à São Pedro me deu forças. Como se talvez me viesse a memória tudo o que me levou a sair daquela cidade.
Por enquanto a minha vida em São Paulo não esta como sonhei, mas sei que vai ficar. Novamente tenho que procurar emprego.
Segunda-feira de manha sai da casa de Fernanda, fui até a lan house imprimir uns currículos. Fui pra Paulista deixar alguns pelo shopping e escritórios. É nada de especial aconteceu, nada que tenha importância ou que me de alguma esperança de algum emprego.
Parei em uma lanchonete para almoçar, pedi um x-bacon acompanhado com uma bela coca cola geladíssima. Enquanto esperava meu lanche olhei para o lado e ver o “cardápio” se é que me compreendem.
Foi quando vi um rapaz moreno me olhando. Quando ele percebeu que olhei também virou o rosto com um pouco de timidez, seu rosto corou.
O garçom trouxe minha coca e colocou um pouco no meu copo, agradeci. Ao beber o primeiro gole olhei de novo para o rapaz que me olhava novamente. Sorri e ofereci a coca para ele.
Ele riu e recusou.
Comecei a comer... O rapaz de repente levantou-se e foi até o banheiro e antes de entrar me deu um sinal, me chamando para entrar no banheiro.
Meu coração começou a bater forte, minhas mãos começaram a suar. Quer saber o que eu fiz? Não resisti e fui até aquele banheiro. Quando entrei ele estava la parado olhando pra mim. Sorriu. De repente aquela timidez que ele aparentava ter deu lugar à pura sem-vergonhice. Ele nem se apresentou e começou a beijar ali mesmo, estava com medo de alguém entrar e pegar a gente no flagra, mas ao mesmo tempo aumentava minha excitação.
Totalmente entregue aquele beijo entramos na cabine do banheiro. Ele desceu suas mãos até meu zíper e foi descendo... E começou a me chupar... Ai não sei dizer o que me aconteceu... Sei lá. Perdi literalmente o tesão e não queria mais estar ali com ele. Comecei a sentir nojo. Então sem pensar duas vezes sai.
O cara não gostou muito. Só consegui ouvir ele dizendo: Viadinho filho da puta!
Não dei importância pra isso. Sentei de novo e segundos depois meu lanche chegou.
Comecei a comer e logo o cara saiu do banheiro e ao passar pela minha mesa me encarou com maus olhos e sentou novamente em sua mesa.
Mau consegui comer, por que aquele cara não parava de me encarar.
Paguei a conta e sai sem olhar para ele.
Fui subindo a av. Brigadeiro em direção ao metrô... Quando olhei para traz o cara estava me seguindo. Fiquei um pouco com medo... Apertei um pouco os passos e ele assim também o fez. Meu coração começou a bater forte, mas dessa vez era de medo. Não sabia o que aquele cara queria fazer!
Olhei para traz ele estava mais perto. Continuei andando e na esquina da Brigadeiro com a Paulista avistei dois policiais parados. Fiquei mais tranqüilo agora. Olhei novamente para traz, mas não com cara de assustado, mas tentando parecer com cara de mal.
Ele me encarou... Então virei e parei pra ver o que ia acontecer.
-Que foi que ta me seguindo cara? Falei engrossando a voz.
Minha reação o pegou de surpresa.
-Que seguindo o que? Ta louco? Disse ele quase gaguejando.
E passou por mim e não olhou mais para traz. Logo o perdi no meio da multidão.
Ri sozinho na rua. Logo cheguei ao metrô e parti em direção ao centro. Ia passar na loja que eu trabalhava pegar minha carteira de trabalho.
Cheguei à loja. Peguei minha carteira. Estava parado na porta conversando com meu ex-gerente foi quando ele disse:
-Olha essa mulher que vem vindo é Ana Paula. Ela é diretora da loja New house. Fale com ela sobre emprego. Esta com seu currículo ai?
-estou sim.
-Então demorou.
Quando ela chegou mais perto pulei na frente dela e disse:
-Você que é a Ana Paula?
-sou sim. Respondeu ela.
-Ah desculpa te parar assim na rua do nada. Mas to procurando emprego. Esta precisando na New House?
- De vendedor esta sim!
-Ah que ótimo. Posso deixar meu currículo com você?
Ela acenou com a cabeça positivamente.
Entreguei para ela que sorriu e eu sorrindo de volta e agradeci.
Bom agora a sorte ta lançada. Seja o que Deus quiser.
A loja New house vende madeira também. Mas da rua toda, as lojas mais bonitas é da New house. Tem três lojas na mesma rua. Ela tem As fachadas da loja preta com detalhes em prata. E o mostruário de portas exclusivas que não se vê em nenhuma outra loja.
Logo estava de volta a casa da Fernanda. Estava me sentindo bem! Estava em paz comigo... sei que vou conseguir outro emprego.
Desistir é que não vou!
Capitulo 23
Recomeçando de novo
Não sei dizer o real motivo, mas apenas sei que o meu retorno à São Pedro me deu forças. Como se talvez me viesse a memória tudo o que me levou a sair daquela cidade.
Por enquanto a minha vida em São Paulo não esta como sonhei, mas sei que vai ficar. Novamente tenho que procurar emprego.
Segunda-feira de manha sai da casa de Fernanda, fui até a lan house imprimir uns currículos. Fui pra Paulista deixar alguns pelo shopping e escritórios. É nada de especial aconteceu, nada que tenha importância ou que me de alguma esperança de algum emprego.
Parei em uma lanchonete para almoçar, pedi um x-bacon acompanhado com uma bela coca cola geladíssima. Enquanto esperava meu lanche olhei para o lado e ver o “cardápio” se é que me compreendem.
Foi quando vi um rapaz moreno me olhando. Quando ele percebeu que olhei também virou o rosto com um pouco de timidez, seu rosto corou.
O garçom trouxe minha coca e colocou um pouco no meu copo, agradeci. Ao beber o primeiro gole olhei de novo para o rapaz que me olhava novamente. Sorri e ofereci a coca para ele.
Ele riu e recusou.
Comecei a comer... O rapaz de repente levantou-se e foi até o banheiro e antes de entrar me deu um sinal, me chamando para entrar no banheiro.
Meu coração começou a bater forte, minhas mãos começaram a suar. Quer saber o que eu fiz? Não resisti e fui até aquele banheiro. Quando entrei ele estava la parado olhando pra mim. Sorriu. De repente aquela timidez que ele aparentava ter deu lugar à pura sem-vergonhice. Ele nem se apresentou e começou a beijar ali mesmo, estava com medo de alguém entrar e pegar a gente no flagra, mas ao mesmo tempo aumentava minha excitação.
Totalmente entregue aquele beijo entramos na cabine do banheiro. Ele desceu suas mãos até meu zíper e foi descendo... E começou a me chupar... Ai não sei dizer o que me aconteceu... Sei lá. Perdi literalmente o tesão e não queria mais estar ali com ele. Comecei a sentir nojo. Então sem pensar duas vezes sai.
O cara não gostou muito. Só consegui ouvir ele dizendo: Viadinho filho da puta!
Não dei importância pra isso. Sentei de novo e segundos depois meu lanche chegou.
Comecei a comer e logo o cara saiu do banheiro e ao passar pela minha mesa me encarou com maus olhos e sentou novamente em sua mesa.
Mau consegui comer, por que aquele cara não parava de me encarar.
Paguei a conta e sai sem olhar para ele.
Fui subindo a av. Brigadeiro em direção ao metrô... Quando olhei para traz o cara estava me seguindo. Fiquei um pouco com medo... Apertei um pouco os passos e ele assim também o fez. Meu coração começou a bater forte, mas dessa vez era de medo. Não sabia o que aquele cara queria fazer!
Olhei para traz ele estava mais perto. Continuei andando e na esquina da Brigadeiro com a Paulista avistei dois policiais parados. Fiquei mais tranqüilo agora. Olhei novamente para traz, mas não com cara de assustado, mas tentando parecer com cara de mal.
Ele me encarou... Então virei e parei pra ver o que ia acontecer.
-Que foi que ta me seguindo cara? Falei engrossando a voz.
Minha reação o pegou de surpresa.
-Que seguindo o que? Ta louco? Disse ele quase gaguejando.
E passou por mim e não olhou mais para traz. Logo o perdi no meio da multidão.
Ri sozinho na rua. Logo cheguei ao metrô e parti em direção ao centro. Ia passar na loja que eu trabalhava pegar minha carteira de trabalho.
Cheguei à loja. Peguei minha carteira. Estava parado na porta conversando com meu ex-gerente foi quando ele disse:
-Olha essa mulher que vem vindo é Ana Paula. Ela é diretora da loja New house. Fale com ela sobre emprego. Esta com seu currículo ai?
-estou sim.
-Então demorou.
Quando ela chegou mais perto pulei na frente dela e disse:
-Você que é a Ana Paula?
-sou sim. Respondeu ela.
-Ah desculpa te parar assim na rua do nada. Mas to procurando emprego. Esta precisando na New House?
- De vendedor esta sim!
-Ah que ótimo. Posso deixar meu currículo com você?
Ela acenou com a cabeça positivamente.
Entreguei para ela que sorriu e eu sorrindo de volta e agradeci.
Bom agora a sorte ta lançada. Seja o que Deus quiser.
A loja New house vende madeira também. Mas da rua toda, as lojas mais bonitas é da New house. Tem três lojas na mesma rua. Ela tem As fachadas da loja preta com detalhes em prata. E o mostruário de portas exclusivas que não se vê em nenhuma outra loja.
Logo estava de volta a casa da Fernanda. Estava me sentindo bem! Estava em paz comigo... sei que vou conseguir outro emprego.
Desistir é que não vou!
Moro em São Paulo! E agora?
Capitulo 22
È Deus novamente
Assim que minha mãe saiu para trabalhar, levantei-me, fui até o portão para trancá-lo. Fui até o quintal, peguei minha lata de cola e comecei minha rotina.
Novamente meu mundo ganhou cor.
O não se ouvia mais o silencio.
Minha mãe em seu trabalho começou a ficar angustiada, até que não agüentando mais começou a chorar.
Nem ela sabia qual era o motivo daquele choro... Mas chorava de molhar toda sua face.
Eu em casa estava animado com minhas visões e conversava sem parar com as vozes. Na parede eles me mostravam umas imagens lindas de paisagens, de lugares de todo o mundo. Prometia-me que iriam me levar lá.
Então estava super feliz.
Ao contrario de minha mãe que cada vez mais chorava.
Logo minha conversa animada, do nada acabou... Sem perceber eu estava acordando.
Havia desmaiado. Tinha caído no chão por causa da inalação da cola. Tava fraco, me sentindo tonto, abri os olhos devagar e vi vários vultos estranhos me olhando e falando com vozes conhecidas...pronto ele acordou.
Levantei-me e continuei ali cheirando a cola e vivendo minha vida medíocre.
Não pensava em nada. Apenas estava ali. Tudo o que eu tinha era aquelas vozes e aquelas visões. Pensava eu.
Não sei dizer quanto tempo depois... Novamente tudo começou a ficar escuro... Ai de fundo apenas podia ouvir “agora ele vai... agora ele morre...”
Quando abri novamente os olhos vi minha chorando ao meu lado... Tirando a cola que ainda estava na minha boca. Mesmo morrendo eu não parava. Minha mãe tentou me levantar, mas não tinha força... Não consegui.
-Deixei-me aqui mãe! Eu não consigo!
Minha mãe entrou pra dentro de casa e me deixou deitado no chão do quintal.
Com certeza ela foi pra dentro para orar, pra pedir a Deus força pra agüentar ver seu filho ali quase morto por causa da droga.
Ela havia chorado tanto que seu patrão a mandou voltar pra casa pra descansar. Chegou mais cedo naquele dia.
Na verdade ela foi enviada por Deus pra me salvar de novo da morte.
Assim que consegui reunir força pra me levantar... Podia ainda ouvir as vozes dizendo... ”nossa pensei que você ia morrer”.
Sempre que acabava o efeito da droga as vozes também ia embora. Mas naquele dia elas não foram!
Continuaram comigo mesmo após o meu banho, mesmo após o meu jantar, mesmo durante o meu sono.
Já não precisava mais da cola pra ouvi-las. Tava ouvindo naturalmente agora.
Capitulo 22
È Deus novamente
Assim que minha mãe saiu para trabalhar, levantei-me, fui até o portão para trancá-lo. Fui até o quintal, peguei minha lata de cola e comecei minha rotina.
Novamente meu mundo ganhou cor.
O não se ouvia mais o silencio.
Minha mãe em seu trabalho começou a ficar angustiada, até que não agüentando mais começou a chorar.
Nem ela sabia qual era o motivo daquele choro... Mas chorava de molhar toda sua face.
Eu em casa estava animado com minhas visões e conversava sem parar com as vozes. Na parede eles me mostravam umas imagens lindas de paisagens, de lugares de todo o mundo. Prometia-me que iriam me levar lá.
Então estava super feliz.
Ao contrario de minha mãe que cada vez mais chorava.
Logo minha conversa animada, do nada acabou... Sem perceber eu estava acordando.
Havia desmaiado. Tinha caído no chão por causa da inalação da cola. Tava fraco, me sentindo tonto, abri os olhos devagar e vi vários vultos estranhos me olhando e falando com vozes conhecidas...pronto ele acordou.
Levantei-me e continuei ali cheirando a cola e vivendo minha vida medíocre.
Não pensava em nada. Apenas estava ali. Tudo o que eu tinha era aquelas vozes e aquelas visões. Pensava eu.
Não sei dizer quanto tempo depois... Novamente tudo começou a ficar escuro... Ai de fundo apenas podia ouvir “agora ele vai... agora ele morre...”
Quando abri novamente os olhos vi minha chorando ao meu lado... Tirando a cola que ainda estava na minha boca. Mesmo morrendo eu não parava. Minha mãe tentou me levantar, mas não tinha força... Não consegui.
-Deixei-me aqui mãe! Eu não consigo!
Minha mãe entrou pra dentro de casa e me deixou deitado no chão do quintal.
Com certeza ela foi pra dentro para orar, pra pedir a Deus força pra agüentar ver seu filho ali quase morto por causa da droga.
Ela havia chorado tanto que seu patrão a mandou voltar pra casa pra descansar. Chegou mais cedo naquele dia.
Na verdade ela foi enviada por Deus pra me salvar de novo da morte.
Assim que consegui reunir força pra me levantar... Podia ainda ouvir as vozes dizendo... ”nossa pensei que você ia morrer”.
Sempre que acabava o efeito da droga as vozes também ia embora. Mas naquele dia elas não foram!
Continuaram comigo mesmo após o meu banho, mesmo após o meu jantar, mesmo durante o meu sono.
Já não precisava mais da cola pra ouvi-las. Tava ouvindo naturalmente agora.
moro em são paulo
Moro em São Paulo! E agora?
Capitulo 21
O retorno.
Estava me sentindo enganado pela empresa “o melhor da madeira”. Ela me encheu de promessas, parecia ser bom demais. Mas a olhando de perto é uma empresa podre, que explora seus vendedores.
Todos que trabalham lá reclamam do salário, reclamam das vendas e da forma que o supervisor trata a todos, com muito desprezo e arrogância.
Como faltei cinco dias e as minhas vendas estava fraquíssima, adivinha? Cabei sendo demitido. Mas juro que não fiquei triste. Pagaram-me o que tinha de direito e peguei o dinheiro e decidi ir pra São Pedro. Afinal desde que cheguei a São Paulo meu contado com minha mãe é por telefone.
Preciso ir para lá. Pensar... Colocar minhas forças no lugar e depois eu volto pra recomeçar.
Fui pra casa de Fernanda, peguei algumas peças de roupas, coloquei dentro da mochila e parti rumo à rodoviária tiete, rumo a São Pedro. Quatro horas de viagem.
Desembarquei logo na entrada de São Pedro, no primeiro ponto do ônibus. Como é estranho Chegar aqui novamente. A cidade tem outro cheiro, outro gosto. Tenho a sensação que faz anos que não venho para cá.
Caminhando em direção a minha casa passa Camila de moto, ela me vê e apenas me da uma “buzinada” como comprimento.
Continuo caminhando.
Assim que dobrei a esquina para entrar na rua de casa me voltou às lembranças de tudo que já havia vivido ali. Acelerei meus passos, queria chegar em casa.
Abri o portão que rangeu estragando a surpresa que ia fazer para minha mãe. Minha mãe olhou pelo vitrô da sala e me viu soltando um grito:
-Rafael!! Meu filho!
Correu e me deu um abraço muito forte e gostoso. Estava precisando tanto daquele abraço, tava me sentindo tão desprotegido. Segurei para não chorar.
-filho porque não me avisou que iria vir? Eu tinha preparado um almoço especial!
-Eu queria fazer uma surpresa mãe!
Ficamos ali conversando e minha mãe perguntando como estava minha vida lá em São Paulo. Não tive coragem de contar pra ela sobre a morte de Jehh e nem sobre minha demissão.
-Esta tudo bem mãe!!
Apenas contei coisas boas pra ela. E minha mãe sorria. E comecei a olhar e alguma coisa mudou na vida da minha mãe. Não sei dizer bem ao certo, mas parecia que minha mãe também havia “crescido”, virado mulher. Estava mais bonita, estava feliz, estava forte. Senti-me em paz em vê-la assim. Minha mudança foi boa pra todos.
Ao terminar de almoçar, deitei um pouco no colo da minha mãe e ficamos vendo TV. Minha mãe fazendo cafuné nos meus cabelos... Ai que bom estar aqui, pensei.
Cochilei.
Quando acordei minha mãe não estava mais no sofá. E tinha um bilhete dizendo que ela havia ido ao supermercado. Então caminhei por entre a sala, fui para o meu quarto, para a cozinha e estranho que não senti mais que aquela casa era minha, ali não era mais meu lugar, ali agora se tornou a casa da minha mãe. Chorei... Eu realmente estava crescendo. Tornando-me homem.
Logo minha mãe chegou do mercado em trouxe sucrilhos com iogurte. Lembre-me de Jehh, ela não gosta de sucrilhos com iogurte. Que delicia. Mãe é mãe.
Sentei enquanto comia e minha mãe ia me dizendo que estava muito magro.
Logo ela começou a me contar as novidades de São Pedro. Que fulano de tal tinha casado, e fulana tinha se separado. E realmente minha mãe estava melhor do que pensava, ela me disse que sempre estava saindo, indo a festas e churrascos com minha tia. Pra quem conhece minha mãe ela sair significa realmente mudança.
-Você tem que ir à casa do seu pai! Você vai né? Perguntou.
-Claro que vou mãe! Vou sim.
Ir à casa do meu iria ser estranho. Pois quando disse para ele que mudaria para São Paulo ele foi totalmente contra, disse que lá a vida não era fácil e que eu não iria me adaptar e que logo estaria de volta. E agora estava com medo mesmo de voltar, porque já não tinha mais emprego e estava com pouco dinheiro. Mas eu tinha que ir ver meu pai. Então no finalzinho da tarde daquele sábado sai em direção à casa de meu pai.
No caminho encontrei algumas pessoas conhecidas e nossa conversa se resumia num simples “ta sumido menino”... Acompanhado de um sorriso amarelo.
PAI!!! Gritei em frente ao velho portão. Logo veio me atender a mulher do meu pai. Sorriu e ao abrir o portão me abraçou pedindo que entrasse.
-Meu pai ta ai?
-Ta sim... Ta na sala vendo TV.
Entrei. Quando meu pai me viu sorriu também.
-Oi Rafael... Senta ai. E foi se ajeitando no sofá me dando lugar.
Abracei meu pai. Mas ele ficou imóvel não me abraçando. Creio que na época do meu pai homens não se abraça... Mas sou seu filho pensei.
Sentei.
Senti um clima estranho. Sentia-me como se tivesse na sala de pessoas desconhecidas. A gente nunca sabe o que falar com pessoas desconhecidas. Qual o assunto?
-Esta trabalhando Rafael?
-To sim pai. To vendendo portas e janelas.
-Hum...
Acabou o assunto. Meu pai virou-se para TV e continuou assistindo. Estava passando Caldeirão do Hulk. Meu pai não perguntou como eu estava, meu pai não perguntou como era minha vida em São Paulo, meu pai não me perguntou mais nada.
Sentia um nó na garganta.
Perguntei do meu irmão... ”ta la no quarto” disse ele.
Fui pro quarto e ele tava na internet. Viciado. Normal. Sai do quarto fui pra cozinha..conversei um pouco com a mulher do meu pai.
Engraçado que sempre a odiei, mas foi nela que encontrei um pouco de “conforto” naquela hora estranha. Ela m perguntou todas as perguntas que queria estar respondendo para meu pai.
Fiz meia hora de visita e sai de lá com desculpa de ir ver minha vó.
Fui embora. Estava mal.
Voltei pra casa e la fiquei.
À noite logo depois do jantar fui pra casa da minha tia com minha mãe. Ficamos la apenas jogando conversa fora.
Por volta das onze e meia estava em casa dormindo.
No domingo... Almocei. Tirei um cochilo. À tarde não sei o que foi, mas já não estava mais querendo ficar em São Pedro. Arrumei minha mala e fui embora. Com a desculpa que tinha que trabalhar na segunda de manhã.
Minha mãe ficou novamente no portão me dando tchau até que eu dobrasse a esquina.
Sai tão triste de São Pedro. Pensando o quanto eu amo minha mãe, meu pai... Mas eu não faço parte do mundo deles, eu não faço parte daquela cidade. Eu sou diferente.
Tenho que recomeçar de novo em São Paulo.
Capitulo 21
O retorno.
Estava me sentindo enganado pela empresa “o melhor da madeira”. Ela me encheu de promessas, parecia ser bom demais. Mas a olhando de perto é uma empresa podre, que explora seus vendedores.
Todos que trabalham lá reclamam do salário, reclamam das vendas e da forma que o supervisor trata a todos, com muito desprezo e arrogância.
Como faltei cinco dias e as minhas vendas estava fraquíssima, adivinha? Cabei sendo demitido. Mas juro que não fiquei triste. Pagaram-me o que tinha de direito e peguei o dinheiro e decidi ir pra São Pedro. Afinal desde que cheguei a São Paulo meu contado com minha mãe é por telefone.
Preciso ir para lá. Pensar... Colocar minhas forças no lugar e depois eu volto pra recomeçar.
Fui pra casa de Fernanda, peguei algumas peças de roupas, coloquei dentro da mochila e parti rumo à rodoviária tiete, rumo a São Pedro. Quatro horas de viagem.
Desembarquei logo na entrada de São Pedro, no primeiro ponto do ônibus. Como é estranho Chegar aqui novamente. A cidade tem outro cheiro, outro gosto. Tenho a sensação que faz anos que não venho para cá.
Caminhando em direção a minha casa passa Camila de moto, ela me vê e apenas me da uma “buzinada” como comprimento.
Continuo caminhando.
Assim que dobrei a esquina para entrar na rua de casa me voltou às lembranças de tudo que já havia vivido ali. Acelerei meus passos, queria chegar em casa.
Abri o portão que rangeu estragando a surpresa que ia fazer para minha mãe. Minha mãe olhou pelo vitrô da sala e me viu soltando um grito:
-Rafael!! Meu filho!
Correu e me deu um abraço muito forte e gostoso. Estava precisando tanto daquele abraço, tava me sentindo tão desprotegido. Segurei para não chorar.
-filho porque não me avisou que iria vir? Eu tinha preparado um almoço especial!
-Eu queria fazer uma surpresa mãe!
Ficamos ali conversando e minha mãe perguntando como estava minha vida lá em São Paulo. Não tive coragem de contar pra ela sobre a morte de Jehh e nem sobre minha demissão.
-Esta tudo bem mãe!!
Apenas contei coisas boas pra ela. E minha mãe sorria. E comecei a olhar e alguma coisa mudou na vida da minha mãe. Não sei dizer bem ao certo, mas parecia que minha mãe também havia “crescido”, virado mulher. Estava mais bonita, estava feliz, estava forte. Senti-me em paz em vê-la assim. Minha mudança foi boa pra todos.
Ao terminar de almoçar, deitei um pouco no colo da minha mãe e ficamos vendo TV. Minha mãe fazendo cafuné nos meus cabelos... Ai que bom estar aqui, pensei.
Cochilei.
Quando acordei minha mãe não estava mais no sofá. E tinha um bilhete dizendo que ela havia ido ao supermercado. Então caminhei por entre a sala, fui para o meu quarto, para a cozinha e estranho que não senti mais que aquela casa era minha, ali não era mais meu lugar, ali agora se tornou a casa da minha mãe. Chorei... Eu realmente estava crescendo. Tornando-me homem.
Logo minha mãe chegou do mercado em trouxe sucrilhos com iogurte. Lembre-me de Jehh, ela não gosta de sucrilhos com iogurte. Que delicia. Mãe é mãe.
Sentei enquanto comia e minha mãe ia me dizendo que estava muito magro.
Logo ela começou a me contar as novidades de São Pedro. Que fulano de tal tinha casado, e fulana tinha se separado. E realmente minha mãe estava melhor do que pensava, ela me disse que sempre estava saindo, indo a festas e churrascos com minha tia. Pra quem conhece minha mãe ela sair significa realmente mudança.
-Você tem que ir à casa do seu pai! Você vai né? Perguntou.
-Claro que vou mãe! Vou sim.
Ir à casa do meu iria ser estranho. Pois quando disse para ele que mudaria para São Paulo ele foi totalmente contra, disse que lá a vida não era fácil e que eu não iria me adaptar e que logo estaria de volta. E agora estava com medo mesmo de voltar, porque já não tinha mais emprego e estava com pouco dinheiro. Mas eu tinha que ir ver meu pai. Então no finalzinho da tarde daquele sábado sai em direção à casa de meu pai.
No caminho encontrei algumas pessoas conhecidas e nossa conversa se resumia num simples “ta sumido menino”... Acompanhado de um sorriso amarelo.
PAI!!! Gritei em frente ao velho portão. Logo veio me atender a mulher do meu pai. Sorriu e ao abrir o portão me abraçou pedindo que entrasse.
-Meu pai ta ai?
-Ta sim... Ta na sala vendo TV.
Entrei. Quando meu pai me viu sorriu também.
-Oi Rafael... Senta ai. E foi se ajeitando no sofá me dando lugar.
Abracei meu pai. Mas ele ficou imóvel não me abraçando. Creio que na época do meu pai homens não se abraça... Mas sou seu filho pensei.
Sentei.
Senti um clima estranho. Sentia-me como se tivesse na sala de pessoas desconhecidas. A gente nunca sabe o que falar com pessoas desconhecidas. Qual o assunto?
-Esta trabalhando Rafael?
-To sim pai. To vendendo portas e janelas.
-Hum...
Acabou o assunto. Meu pai virou-se para TV e continuou assistindo. Estava passando Caldeirão do Hulk. Meu pai não perguntou como eu estava, meu pai não perguntou como era minha vida em São Paulo, meu pai não me perguntou mais nada.
Sentia um nó na garganta.
Perguntei do meu irmão... ”ta la no quarto” disse ele.
Fui pro quarto e ele tava na internet. Viciado. Normal. Sai do quarto fui pra cozinha..conversei um pouco com a mulher do meu pai.
Engraçado que sempre a odiei, mas foi nela que encontrei um pouco de “conforto” naquela hora estranha. Ela m perguntou todas as perguntas que queria estar respondendo para meu pai.
Fiz meia hora de visita e sai de lá com desculpa de ir ver minha vó.
Fui embora. Estava mal.
Voltei pra casa e la fiquei.
À noite logo depois do jantar fui pra casa da minha tia com minha mãe. Ficamos la apenas jogando conversa fora.
Por volta das onze e meia estava em casa dormindo.
No domingo... Almocei. Tirei um cochilo. À tarde não sei o que foi, mas já não estava mais querendo ficar em São Pedro. Arrumei minha mala e fui embora. Com a desculpa que tinha que trabalhar na segunda de manhã.
Minha mãe ficou novamente no portão me dando tchau até que eu dobrasse a esquina.
Sai tão triste de São Pedro. Pensando o quanto eu amo minha mãe, meu pai... Mas eu não faço parte do mundo deles, eu não faço parte daquela cidade. Eu sou diferente.
Tenho que recomeçar de novo em São Paulo.
quarta-feira, 29 de abril de 2009
MORO EM SAO PAULO! E AGORA? CAP 20
Moro em São Paulo! E agora?
Capitulo 20
Mil vozes... Um DEUS Verdadeiro...
Como sempre fazia, esperava minha mãe sair pra trabalhar. Levantava-me da cama e corria para o portão para trancá-lo. Essa vez a ansiedade era tamanha para começar a ter visões que não me lembrei de fazer.
Fui ate o quintal, peguei a lata de cola que ficava escondida no alto do pé de caju que plantei aos sete anos. Sentei-me no degrau da varanda e orei como sempre fazia.
Orava para Deus me proteger de todo mal e me dar sabedoria para entender as visões.
E pronto começava a luta.
Logo o mundo começou a ter cor, logo o silencio tinha ido embora.
Já não estava mais sozinho.
Não sei dizer qual foi o motivo. Não sei acho que apaguei e quando dei por mim aquilo já estava acontecendo e eu obedecendo.
Parecia que havia mil vozes falando em minha cabeça.
Todas falando ao mesmo tempo:
“se mata que é melhor! Sua vida não tem jeito. Vai e se enforca. Você nunca vai ser ninguém...” repetiam essas frases sem parar na minha mente.
Eu creio que nunca chorei como chorava naquele dia, naquela manhã. Chorava muito... E comecei a obedecer às vozes. Peguei a corda do varal, que na verdade era aqueles fios elétricos grossos que com certeza iria agüentar o meu peso.
Subi em cima do tanque de lavar roupas e amarrei o fio na madeira da varanda. Fiz o laço... As vozes não paravam... Eu não conseguia pensar em nada... Só podia ouvir as vozes... Coloquei o laço em volta do meu pescoço... Chorava... Fui dar o salto fatal... Minha avó paterna aparece do nada na porta da cozinha.
Ela gritou... Clamou pelo Sangue de Cristo na hora... Correu até o tanque e me tirou de cima.
Sei que foi Deus que não permitiu minha morte. Sei que naquele dia realmente iria morrer se Deus não tivesse enviado minha vó em casa. Foi Deus! Minha vó nunca vai à minha casa. Eu sempre tranco o portão e naquele dia eu não tranquei... Foi Deus.
A partir desse dia toda minha família ficou sabendo do que eu fiz, do que eu estava fazendo... Minha mãe só chorava a partir de então.
Mas pensa que parei de buscar as vozes??? Já não conseguia mais parar... Estava viciado em cola de sapateiro. E mais viciado ainda viver naquele mundo “mágico” que a cola me proporcionava.
Passado algumas semanas do ocorrido eu ainda estava cheirando muita cola. Quando não tinha dinheiro para comprar, roubava dinheiro da minha mãe, das minhas tias, da minha vó... Sempre dava um jeito.
Capitulo 20
Mil vozes... Um DEUS Verdadeiro...
Como sempre fazia, esperava minha mãe sair pra trabalhar. Levantava-me da cama e corria para o portão para trancá-lo. Essa vez a ansiedade era tamanha para começar a ter visões que não me lembrei de fazer.
Fui ate o quintal, peguei a lata de cola que ficava escondida no alto do pé de caju que plantei aos sete anos. Sentei-me no degrau da varanda e orei como sempre fazia.
Orava para Deus me proteger de todo mal e me dar sabedoria para entender as visões.
E pronto começava a luta.
Logo o mundo começou a ter cor, logo o silencio tinha ido embora.
Já não estava mais sozinho.
Não sei dizer qual foi o motivo. Não sei acho que apaguei e quando dei por mim aquilo já estava acontecendo e eu obedecendo.
Parecia que havia mil vozes falando em minha cabeça.
Todas falando ao mesmo tempo:
“se mata que é melhor! Sua vida não tem jeito. Vai e se enforca. Você nunca vai ser ninguém...” repetiam essas frases sem parar na minha mente.
Eu creio que nunca chorei como chorava naquele dia, naquela manhã. Chorava muito... E comecei a obedecer às vozes. Peguei a corda do varal, que na verdade era aqueles fios elétricos grossos que com certeza iria agüentar o meu peso.
Subi em cima do tanque de lavar roupas e amarrei o fio na madeira da varanda. Fiz o laço... As vozes não paravam... Eu não conseguia pensar em nada... Só podia ouvir as vozes... Coloquei o laço em volta do meu pescoço... Chorava... Fui dar o salto fatal... Minha avó paterna aparece do nada na porta da cozinha.
Ela gritou... Clamou pelo Sangue de Cristo na hora... Correu até o tanque e me tirou de cima.
Sei que foi Deus que não permitiu minha morte. Sei que naquele dia realmente iria morrer se Deus não tivesse enviado minha vó em casa. Foi Deus! Minha vó nunca vai à minha casa. Eu sempre tranco o portão e naquele dia eu não tranquei... Foi Deus.
A partir desse dia toda minha família ficou sabendo do que eu fiz, do que eu estava fazendo... Minha mãe só chorava a partir de então.
Mas pensa que parei de buscar as vozes??? Já não conseguia mais parar... Estava viciado em cola de sapateiro. E mais viciado ainda viver naquele mundo “mágico” que a cola me proporcionava.
Passado algumas semanas do ocorrido eu ainda estava cheirando muita cola. Quando não tinha dinheiro para comprar, roubava dinheiro da minha mãe, das minhas tias, da minha vó... Sempre dava um jeito.
segunda-feira, 27 de abril de 2009
Moro em São Paulo! E agora? Cap 19
Moro em São Paulo! E agora?
Capitulo 19
Homenagem à Jehh
Hoje faz exatamente duas semanas que Jehh morreu!
Foi difícil demais se despedir dela. E nem pude ir ao enterro. Não posso lembrar-me do nome Jehh que lagrimas começam a rolar pelo meu rosto.
E não consigo parar de pensar, não consigo parar de me culpar!
Era pra eu ter sentado atrás. Era para eu ter levado os tiros e morrer!
Porque que eu tinha que ter a deixado sentar lá? Porque eu tinha que chamá-la pra sair?
Não tem jeito me sinto culpado pela morte dela! Faltei cinco dias da loja. Estava sem forças pra trabalhar. Fecho os olhos e vejo o jeitinho todo especial de Jehh. Seu sorriso, sua voz, seu carinho por seus amigos, sua paixão pelo cinema... Lagrimas novamente.
Tenho que pensar que Jehh foi um anjo que passou pela minha vida e me entregou um pacotinho onde continha doses de felicidade.
Jehh foi meu presente. Amo você.
Tenho que parar de me torturar. Vou à lan house me distrair um pouco. Apesar de Orkut me lembrar muito de Jehh. Foi por lá que tivemos nossas longas conversas, foi por lá que conheci Jehh de verdade. Foi por lá que ela conquistou minha amizade mais que sincera.
Ao abri meu Orkut na lan, não pude conter novamente as lagrimas.
Um depoimento de Jehh... Que dizia. “Por você danço até a dança do créu... hasuhashua... passe isso para 10 pessoas.”
Tadinha, sempre animada, sempre tendo alguma piada pra roubar o sorriso de alguém!
Jehh que nessa pagina fique registrado o quanto eu amo você, o quando adoro ouvir você dizendo que sou The Best irmão.
Vou lembrar sempre de você e fico aliviado porque sei que nossa historia não tem fim! Te amo te amo te amo...
As lagrimas continuam a rolar....
Capitulo 19
Homenagem à Jehh
Hoje faz exatamente duas semanas que Jehh morreu!
Foi difícil demais se despedir dela. E nem pude ir ao enterro. Não posso lembrar-me do nome Jehh que lagrimas começam a rolar pelo meu rosto.
E não consigo parar de pensar, não consigo parar de me culpar!
Era pra eu ter sentado atrás. Era para eu ter levado os tiros e morrer!
Porque que eu tinha que ter a deixado sentar lá? Porque eu tinha que chamá-la pra sair?
Não tem jeito me sinto culpado pela morte dela! Faltei cinco dias da loja. Estava sem forças pra trabalhar. Fecho os olhos e vejo o jeitinho todo especial de Jehh. Seu sorriso, sua voz, seu carinho por seus amigos, sua paixão pelo cinema... Lagrimas novamente.
Tenho que pensar que Jehh foi um anjo que passou pela minha vida e me entregou um pacotinho onde continha doses de felicidade.
Jehh foi meu presente. Amo você.
Tenho que parar de me torturar. Vou à lan house me distrair um pouco. Apesar de Orkut me lembrar muito de Jehh. Foi por lá que tivemos nossas longas conversas, foi por lá que conheci Jehh de verdade. Foi por lá que ela conquistou minha amizade mais que sincera.
Ao abri meu Orkut na lan, não pude conter novamente as lagrimas.
Um depoimento de Jehh... Que dizia. “Por você danço até a dança do créu... hasuhashua... passe isso para 10 pessoas.”
Tadinha, sempre animada, sempre tendo alguma piada pra roubar o sorriso de alguém!
Jehh que nessa pagina fique registrado o quanto eu amo você, o quando adoro ouvir você dizendo que sou The Best irmão.
Vou lembrar sempre de você e fico aliviado porque sei que nossa historia não tem fim! Te amo te amo te amo...
As lagrimas continuam a rolar....
Moro em São Paulo! E agora? Cap 18
Moro em São Paulo! E agora?
Capitulo 18
Saindo da realidade.
Estava completamente perdido. Mas ainda não tinha a noção que estava saindo da realidade por completo.
As minhas visões continuavam, dia após dia. Já tinha visto de tudo. Dinossauros, discos-voadores, cenas de desastres de avião se chocando no céu, vulcões e tornados se aproximando de casa e destruindo tudo.
Todas as visões me causavam certo pânico. Talvez a palavra “certo” não sirva tão bem nessa frase. O certo mesmo a dizer é: as visões me causavam pânico!
Mas as vozes me diziam que era tudo prova de deus. Estava sendo testado para vencer na vida. Loucura? Claro que é! E as vozes me faziam jurar que jamais iria contar nada a ninguém! Pois se contasse morreria.
Mas sempre questionava as vozes.
-Deus não gosta que use drogas! Como que Deus esta permitindo isso em mim? Fazendo testes comigo usando droga? Nunca vi isso!
Elas me diziam que Moises, o rei Davi e todos os homens mais “poderosos” na Bíblia foram testados assim, que as drogas abriam a mente para o mundo espiritual e isso não estava na Bíblia por que essa verdade apenas se revelava a pessoas especiais.
Na verdade mesmo, fingia que acreditava.
Tudo aquilo era uma esperança de mudar minha vida triste. Tinha tardes que minhas visões eram muito boas, na verdade nem chegava a ser nada. Sentava-se no quintal de casa e conversava com as vozes horas a fio, falava de tudo com eles, a gente ria, eu colocava musicas pra eles e cantava.
Sentia-me entre amigos. Amigos espirituais. Outra vez eles já não eram espíritos eram seres humanos que estavam me treinando. Eles sempre mudavam as formas. E nunca mesmo sabia direito quem era quem. Afinal eles nunca me disseram nomes.
Se apresentavam como Angel´s. anjo em inglês!
Eles me conheciam a fundo. Pois eu não precisava falar. Conversava com eles por pensamentos. Tudo que eu pensava eles sabiam.
E certa vez olhei para a parede e eles me disseram que iriam me contar a verdade sobre quem eram eles. Fiquei ansioso por saber. Ai a forma deles de jovens começaram a se transformar em demônios. Demônios vermelhos e chifrudos. Comecei a rir. Não fiquei com medo porque aqueles demônios tinham um formato muito tosco. Dava para ver que era mentira. Eles riram também da minha cara. Mas logo em seguida de demônios eles se transformaram na Camila e na Carol.
Meu Deus!!! Pensei.
Fiquei Horrorizado. Fiquei com ódio! Porque elas nunca tinham me falado. Afinal fazia três meses ou mais que estava tendo estas visões todos o dias. Elas agora sabiam tudo, tudo mesmo sobre mim. Fiquei envergonhado por saberem meus pensamentos.
E Camila e Carol riam sem parar.. e dizia:
-Não fica bravo Rafael!! A gente te ama!!!
Mas não agüentei.. Tamanha foi a raiva e comecei a xingar sem parar.
Ai as vozes riram e já não eram mais as minhas amigas. Tinham voltado à forma de jovens desconhecidos. Mas ai já era tarde, agora tava com medo de serem elas.
Corri na sala, peguei o telefone e liguei pra Camila e com toda raiva do mundo comecei a xingar ela.
-Camila sua vadia, onde você esta?
-Que isso Rafael? Que aconteceu?? To em casa!!
-Você não esta na sua casa Camila eu sei!!
-Claro que to. Quer ver? Fala com minha mãe aqui.. e passou o telefone para dona Cida, mãe de Camila.
-O que a senhora também sabe de tudo?? Não acredito em vocês! Tomaram que vocês morram!!
Desliguei o telefone com ódio.
Ai olhei para a parede e vi um monte de gente rindo da minha cara, o pior não era eles rirem. O pior que todo mundo que eu via era de São Pedro. Conhecia todo mundo. Tava todo mundo junto. Meu deus a cidade esta contra mim! Toda a cidade.
Comecei a chorar!
Logo mudaram a forma e disseram que eu era louco!! Que eles estavam brincando comigo e eu cai feito um patinho.
Fiquei mal... Mas não sei dizer como logo parecia que eu tinha esquecido aquilo tudo.
Mas depois desse dia mudou algo em mim. Comecei a acreditar que todo mundo ouvia e sabia o que eu pensava. Tinha medo de ficar perto das pessoas. Fugia de todo mundo.
Fechei-me mais que nunca dentro da minha casa.
Mas continuei a buscar mais e mais as vozes! Todos os dias eu comprava cola pra cheirar.
Minha rotina era sempre a mesma.
Minha mãe saia para trabalhar de manha e eu levantava e ia direto pro quintal ver meus amigos espirituais. Apenas parava de cheirar quando acabava a cola por volta das 5 ou 6 da tarde.
As vozes me prometiam tanto uma vida boa que eles se tornaram minha única esperança.
E assim que acabava a cola e o efeito dela passava não ouvia mais as vozes.
Voltava ser eu mesmo. O velho Rafael solitário.
Capitulo 18
Saindo da realidade.
Estava completamente perdido. Mas ainda não tinha a noção que estava saindo da realidade por completo.
As minhas visões continuavam, dia após dia. Já tinha visto de tudo. Dinossauros, discos-voadores, cenas de desastres de avião se chocando no céu, vulcões e tornados se aproximando de casa e destruindo tudo.
Todas as visões me causavam certo pânico. Talvez a palavra “certo” não sirva tão bem nessa frase. O certo mesmo a dizer é: as visões me causavam pânico!
Mas as vozes me diziam que era tudo prova de deus. Estava sendo testado para vencer na vida. Loucura? Claro que é! E as vozes me faziam jurar que jamais iria contar nada a ninguém! Pois se contasse morreria.
Mas sempre questionava as vozes.
-Deus não gosta que use drogas! Como que Deus esta permitindo isso em mim? Fazendo testes comigo usando droga? Nunca vi isso!
Elas me diziam que Moises, o rei Davi e todos os homens mais “poderosos” na Bíblia foram testados assim, que as drogas abriam a mente para o mundo espiritual e isso não estava na Bíblia por que essa verdade apenas se revelava a pessoas especiais.
Na verdade mesmo, fingia que acreditava.
Tudo aquilo era uma esperança de mudar minha vida triste. Tinha tardes que minhas visões eram muito boas, na verdade nem chegava a ser nada. Sentava-se no quintal de casa e conversava com as vozes horas a fio, falava de tudo com eles, a gente ria, eu colocava musicas pra eles e cantava.
Sentia-me entre amigos. Amigos espirituais. Outra vez eles já não eram espíritos eram seres humanos que estavam me treinando. Eles sempre mudavam as formas. E nunca mesmo sabia direito quem era quem. Afinal eles nunca me disseram nomes.
Se apresentavam como Angel´s. anjo em inglês!
Eles me conheciam a fundo. Pois eu não precisava falar. Conversava com eles por pensamentos. Tudo que eu pensava eles sabiam.
E certa vez olhei para a parede e eles me disseram que iriam me contar a verdade sobre quem eram eles. Fiquei ansioso por saber. Ai a forma deles de jovens começaram a se transformar em demônios. Demônios vermelhos e chifrudos. Comecei a rir. Não fiquei com medo porque aqueles demônios tinham um formato muito tosco. Dava para ver que era mentira. Eles riram também da minha cara. Mas logo em seguida de demônios eles se transformaram na Camila e na Carol.
Meu Deus!!! Pensei.
Fiquei Horrorizado. Fiquei com ódio! Porque elas nunca tinham me falado. Afinal fazia três meses ou mais que estava tendo estas visões todos o dias. Elas agora sabiam tudo, tudo mesmo sobre mim. Fiquei envergonhado por saberem meus pensamentos.
E Camila e Carol riam sem parar.. e dizia:
-Não fica bravo Rafael!! A gente te ama!!!
Mas não agüentei.. Tamanha foi a raiva e comecei a xingar sem parar.
Ai as vozes riram e já não eram mais as minhas amigas. Tinham voltado à forma de jovens desconhecidos. Mas ai já era tarde, agora tava com medo de serem elas.
Corri na sala, peguei o telefone e liguei pra Camila e com toda raiva do mundo comecei a xingar ela.
-Camila sua vadia, onde você esta?
-Que isso Rafael? Que aconteceu?? To em casa!!
-Você não esta na sua casa Camila eu sei!!
-Claro que to. Quer ver? Fala com minha mãe aqui.. e passou o telefone para dona Cida, mãe de Camila.
-O que a senhora também sabe de tudo?? Não acredito em vocês! Tomaram que vocês morram!!
Desliguei o telefone com ódio.
Ai olhei para a parede e vi um monte de gente rindo da minha cara, o pior não era eles rirem. O pior que todo mundo que eu via era de São Pedro. Conhecia todo mundo. Tava todo mundo junto. Meu deus a cidade esta contra mim! Toda a cidade.
Comecei a chorar!
Logo mudaram a forma e disseram que eu era louco!! Que eles estavam brincando comigo e eu cai feito um patinho.
Fiquei mal... Mas não sei dizer como logo parecia que eu tinha esquecido aquilo tudo.
Mas depois desse dia mudou algo em mim. Comecei a acreditar que todo mundo ouvia e sabia o que eu pensava. Tinha medo de ficar perto das pessoas. Fugia de todo mundo.
Fechei-me mais que nunca dentro da minha casa.
Mas continuei a buscar mais e mais as vozes! Todos os dias eu comprava cola pra cheirar.
Minha rotina era sempre a mesma.
Minha mãe saia para trabalhar de manha e eu levantava e ia direto pro quintal ver meus amigos espirituais. Apenas parava de cheirar quando acabava a cola por volta das 5 ou 6 da tarde.
As vozes me prometiam tanto uma vida boa que eles se tornaram minha única esperança.
E assim que acabava a cola e o efeito dela passava não ouvia mais as vozes.
Voltava ser eu mesmo. O velho Rafael solitário.
Moro em São Paulo! E agora? Cap 17
Moro em São Paulo! E agora?
Capitulo 17
Pesadelo real.
Jehh e eu entramos na padaria Bella Paulista.
Como a fama já dizia, estava lotada. Tinha fila de espera para a mesa. Mas tivemos sorte, pois conseguimos duas cadeiras para o balcão.
Pedimos o cardápio e escolhemos o que iríamos comer.
Jehh pediu croassan e chocolate gelado e eu coca-cola com um pedaço grande de pizza de palmito.
Hum... que delicia. Jehh dizia saboreando seu chocolate.
Jehh ainda me falava o quanto estava sendo especial o seu “namorico” com Cahh. Dizia que ele era pra casar. Às vezes ela trocava de assunto falando de sua outra paixão. O cinema. Ela adora o que faz! Tava com um projeto pra começar a rodar um curta sobre prostitutas da augusta. Augusta que talvez seja a terceira paixão.
Também quem não se apaixona pela augusta? Uma rua onde se encontra gente moderna e que você pode ser livre.
Antes de terminar nossa refeição Jehh solta um grito.
-Daniel!!!
Daniel . um amigo de Jehh e companheiro de faculdade. Ele se aproximou, fomos apresentados e logo estávamos os três conversando. Daniel contava sobre o seu projeto de curta. Ele iria fazer um documentário sobre tecnonick. Uma dança estranha que na Europa esta super em alta e agora começava a chegar no Brasil.
Eu particularmente não conhecia.
Assim que acabamos de comer, Daniel nos ofereceu carona. Aceitamos. Claro.
Daniel era um típico playboy. O carro dele era um New beatle amarelo. Fui entrando para sentar atrás, mas Jehh puxando-me discretamente fez um sinal que ela ia atrás e fez outro gesto contando que Daniel era gay. Como se já não tivesse percebido. Partimos em direção primeiramente a casa de Jehh, que mora na Mooca, zona leste de São Paulo.
Daniel ligou o radio que tocava uma musica muito triste, mas muito linda que é fake plastic trees do Radiohead. Quando chegamos próximo a rua dos trilhos já no bairro da Mooca, o carro foi cercado por duas motos, obrigando a Daniel parar.
Eles encostaram a moto do lado do carro, estavam armados. Com força bateram com a arma na janela do carro. Um assalto. Ficamos aterrorizados.
Daniel viu uma brecha que dava pra passar com o carro e sair correndo e assim sem pensar acelerou o carro, batendo na moto que estava do lado direito. Ele conseguiu derrubar o motoqueiro.
Todos nos ficamos parados, imóveis, praticamente sem respirar de tanto medo.
Então a motoqueiro que estava do lado esquerdo, o que havia batido no vidro com a arma sem pensar apontou a arma em direção ao carro e atirou.
Atirou três vezes acertando Jehh por duas vezes nas costas. Só consegui ouvir um grito de Jehh, que logo começou a chorar desesperadamente. Colocou a mão atrás de suas costas e voltando elas pra frente totalmente ensangüentada.
Desespero.
Daniel correu para o hospital que nem sei dizer qual era só sei que parecia ser longe demais.
Jehh chorava dizendo que iria morrer.
Meu deus que pesadelo era aquele?
Tentava acalmar Jehh. Mas eu mesmo precisava ficar calmo.
Pulei para o banco de trás do carro e deitei Jehh no meu colo. Segurei forte em suas mãos e comecei a clamar por Deus.
Orei com muita fé!
É apenas em momentos tão difíceis como esse que nos lembramos do nome de Deus.
Chegamos ao hopistal e Daniel desceu do carro correndo, gritando e pedindo ajuda. Logo veio enfermeiros com uma maca, pegou Jehh a colocou deitada e a levaram.
As horas ficaram eternas.
Não tínhamos noticias.
Ninguém sabia informar nada.
Daniel e eu apenas conseguimos chorar.
Quase 5 horas depois... O medico nos procura para nos dar noticia sobre Jehh.
Tiveram que operar Jehh para tirar as balas que perfuraram rins e o pulmão. Jehh perdeu muito sangue e infelizmente ela não resistiu os ferimentos e veio a falecer!
Tudo passou como um filme na minha mente. Lembrei-me de Jehh sorrindo pra mim naquele dia no bar. De como a gente dançou a nossa musica do My Chemical Romance. E o abraço gostoso que havia me dado para se despedir. Foi nesse momento que ouvi a voz dela me dizendo:
-Agora você tem uma amiga aqui em São Paulo.
Desmaiei de tamanha dor.
Capitulo 17
Pesadelo real.
Jehh e eu entramos na padaria Bella Paulista.
Como a fama já dizia, estava lotada. Tinha fila de espera para a mesa. Mas tivemos sorte, pois conseguimos duas cadeiras para o balcão.
Pedimos o cardápio e escolhemos o que iríamos comer.
Jehh pediu croassan e chocolate gelado e eu coca-cola com um pedaço grande de pizza de palmito.
Hum... que delicia. Jehh dizia saboreando seu chocolate.
Jehh ainda me falava o quanto estava sendo especial o seu “namorico” com Cahh. Dizia que ele era pra casar. Às vezes ela trocava de assunto falando de sua outra paixão. O cinema. Ela adora o que faz! Tava com um projeto pra começar a rodar um curta sobre prostitutas da augusta. Augusta que talvez seja a terceira paixão.
Também quem não se apaixona pela augusta? Uma rua onde se encontra gente moderna e que você pode ser livre.
Antes de terminar nossa refeição Jehh solta um grito.
-Daniel!!!
Daniel . um amigo de Jehh e companheiro de faculdade. Ele se aproximou, fomos apresentados e logo estávamos os três conversando. Daniel contava sobre o seu projeto de curta. Ele iria fazer um documentário sobre tecnonick. Uma dança estranha que na Europa esta super em alta e agora começava a chegar no Brasil.
Eu particularmente não conhecia.
Assim que acabamos de comer, Daniel nos ofereceu carona. Aceitamos. Claro.
Daniel era um típico playboy. O carro dele era um New beatle amarelo. Fui entrando para sentar atrás, mas Jehh puxando-me discretamente fez um sinal que ela ia atrás e fez outro gesto contando que Daniel era gay. Como se já não tivesse percebido. Partimos em direção primeiramente a casa de Jehh, que mora na Mooca, zona leste de São Paulo.
Daniel ligou o radio que tocava uma musica muito triste, mas muito linda que é fake plastic trees do Radiohead. Quando chegamos próximo a rua dos trilhos já no bairro da Mooca, o carro foi cercado por duas motos, obrigando a Daniel parar.
Eles encostaram a moto do lado do carro, estavam armados. Com força bateram com a arma na janela do carro. Um assalto. Ficamos aterrorizados.
Daniel viu uma brecha que dava pra passar com o carro e sair correndo e assim sem pensar acelerou o carro, batendo na moto que estava do lado direito. Ele conseguiu derrubar o motoqueiro.
Todos nos ficamos parados, imóveis, praticamente sem respirar de tanto medo.
Então a motoqueiro que estava do lado esquerdo, o que havia batido no vidro com a arma sem pensar apontou a arma em direção ao carro e atirou.
Atirou três vezes acertando Jehh por duas vezes nas costas. Só consegui ouvir um grito de Jehh, que logo começou a chorar desesperadamente. Colocou a mão atrás de suas costas e voltando elas pra frente totalmente ensangüentada.
Desespero.
Daniel correu para o hospital que nem sei dizer qual era só sei que parecia ser longe demais.
Jehh chorava dizendo que iria morrer.
Meu deus que pesadelo era aquele?
Tentava acalmar Jehh. Mas eu mesmo precisava ficar calmo.
Pulei para o banco de trás do carro e deitei Jehh no meu colo. Segurei forte em suas mãos e comecei a clamar por Deus.
Orei com muita fé!
É apenas em momentos tão difíceis como esse que nos lembramos do nome de Deus.
Chegamos ao hopistal e Daniel desceu do carro correndo, gritando e pedindo ajuda. Logo veio enfermeiros com uma maca, pegou Jehh a colocou deitada e a levaram.
As horas ficaram eternas.
Não tínhamos noticias.
Ninguém sabia informar nada.
Daniel e eu apenas conseguimos chorar.
Quase 5 horas depois... O medico nos procura para nos dar noticia sobre Jehh.
Tiveram que operar Jehh para tirar as balas que perfuraram rins e o pulmão. Jehh perdeu muito sangue e infelizmente ela não resistiu os ferimentos e veio a falecer!
Tudo passou como um filme na minha mente. Lembrei-me de Jehh sorrindo pra mim naquele dia no bar. De como a gente dançou a nossa musica do My Chemical Romance. E o abraço gostoso que havia me dado para se despedir. Foi nesse momento que ouvi a voz dela me dizendo:
-Agora você tem uma amiga aqui em São Paulo.
Desmaiei de tamanha dor.
Moro em São Paulo! E agora? Cap 16
Moro em São Paulo! E agora?
Capitulo 16
A visão da serpente.
“Olhava para o céu e pude ver um grande tabuleiro de xadrez. Pensei comigo, eu não sei jogar xadrez e agora que eu faço? Mas ai olhando com mais calma vi uma alavanca e uma voz dizendo: puxe-a. assim o fiz.
De repente as peças do tabuleiro se movimentaram sozinhas e assim que ficaram imóveis novamente, começou a encher o local de fumaça branca. Logo em seguida um “terremoto” no céu. Não estava entendo nada daquilo. Mas não tirava os olhos por nada. Não queria perder um segundo daquela coisa.
De repente o céu todo se transforma em uma espécie de rede e por cima dava para perceber que havia algo se mexendo vagarosamente.
A voz disse novamente: assopre.
Assim o fiz, obedecendo.
Então os movimentos começaram a ficar mais fortes. Meus olhos nem piscavam.
Foi quando vi aquilo... Uma serpente enorme, gigantesca. Ela estava toda enrolada no próprio corpo e tomava o céu todo. Pra se ter uma noção real do tamanho dela, se ela abrisse a boca minha casa todinha ficaria parecendo um grão de areia.
Assim que ela colocou a cabeça para fora da rede que a segurava suspensa no céu, veio em minha direção e a única coisa que consegui fazer foi gritar.
Gritei e sai correndo para dentro de casa!
As vozes me falavam para não ter medo. Mas era impossível... Já tenho medo de cobra normal, imagine daquele monstro. As vozes me pediam pra sair pra fora. Mas não tive coragem.
Então como elas perceberam que jamais obedeceria me pediram para ir até o terrão.
Terrão é um loteamento muito grande e que fica afastado da cidade de São Pedro. Então lá acontece de tudo um pouco.
Acabei obedecendo às vozes e fui em direção a terrão. No caminho olhava para o céu e ainda podia ver a serpente, mas agora ela estava sem vida, estava em forma de nuvens. E quanto mais olhava para ela, maior e mais feia ela ficava.
Cheguei ao terrão. As vozes novamente pediram para dar um assopro na serpente. Mas eu estava com medo. Pois la não havia teto nenhum para me esconder, se ela resolvesse me comer ali, tava fodido. Mas as vozes me forçaram e acabei obedecendo às ordens novamente. Assoprei... Ai ela começou a se mexer e a criar vida novamente... Comecei a tremer de medo e a soltar gemidos trêmulos.
Foi então que novamente ela colocou a cabeça pra fora me olhou e começou a se retorcer. Retorceu-se tanto que se quebrou inteira. Ate que pude ver sua barrigada saindo pra fora... Então seu corpo se transformou num cajado de ouro.
Não entendi o que era aquilo... Mas logo veio a explicação dada pelas vozes.
Deus estava me testando. Se realmente eu confiasse nele eu daria a vida para o que eu mais temia a pedido dele. E como assim o fiz passei no teste. “Fui aprovado por deus.”
Quando percebi minha lata de cola havia acabado. Estava cheirando cola desde manhã. Comecei oito da manha e já era aquela altura três e meia da tarde.
Voltei pra casa me sentindo especial.
Capitulo 16
A visão da serpente.
“Olhava para o céu e pude ver um grande tabuleiro de xadrez. Pensei comigo, eu não sei jogar xadrez e agora que eu faço? Mas ai olhando com mais calma vi uma alavanca e uma voz dizendo: puxe-a. assim o fiz.
De repente as peças do tabuleiro se movimentaram sozinhas e assim que ficaram imóveis novamente, começou a encher o local de fumaça branca. Logo em seguida um “terremoto” no céu. Não estava entendo nada daquilo. Mas não tirava os olhos por nada. Não queria perder um segundo daquela coisa.
De repente o céu todo se transforma em uma espécie de rede e por cima dava para perceber que havia algo se mexendo vagarosamente.
A voz disse novamente: assopre.
Assim o fiz, obedecendo.
Então os movimentos começaram a ficar mais fortes. Meus olhos nem piscavam.
Foi quando vi aquilo... Uma serpente enorme, gigantesca. Ela estava toda enrolada no próprio corpo e tomava o céu todo. Pra se ter uma noção real do tamanho dela, se ela abrisse a boca minha casa todinha ficaria parecendo um grão de areia.
Assim que ela colocou a cabeça para fora da rede que a segurava suspensa no céu, veio em minha direção e a única coisa que consegui fazer foi gritar.
Gritei e sai correndo para dentro de casa!
As vozes me falavam para não ter medo. Mas era impossível... Já tenho medo de cobra normal, imagine daquele monstro. As vozes me pediam pra sair pra fora. Mas não tive coragem.
Então como elas perceberam que jamais obedeceria me pediram para ir até o terrão.
Terrão é um loteamento muito grande e que fica afastado da cidade de São Pedro. Então lá acontece de tudo um pouco.
Acabei obedecendo às vozes e fui em direção a terrão. No caminho olhava para o céu e ainda podia ver a serpente, mas agora ela estava sem vida, estava em forma de nuvens. E quanto mais olhava para ela, maior e mais feia ela ficava.
Cheguei ao terrão. As vozes novamente pediram para dar um assopro na serpente. Mas eu estava com medo. Pois la não havia teto nenhum para me esconder, se ela resolvesse me comer ali, tava fodido. Mas as vozes me forçaram e acabei obedecendo às ordens novamente. Assoprei... Ai ela começou a se mexer e a criar vida novamente... Comecei a tremer de medo e a soltar gemidos trêmulos.
Foi então que novamente ela colocou a cabeça pra fora me olhou e começou a se retorcer. Retorceu-se tanto que se quebrou inteira. Ate que pude ver sua barrigada saindo pra fora... Então seu corpo se transformou num cajado de ouro.
Não entendi o que era aquilo... Mas logo veio a explicação dada pelas vozes.
Deus estava me testando. Se realmente eu confiasse nele eu daria a vida para o que eu mais temia a pedido dele. E como assim o fiz passei no teste. “Fui aprovado por deus.”
Quando percebi minha lata de cola havia acabado. Estava cheirando cola desde manhã. Comecei oito da manha e já era aquela altura três e meia da tarde.
Voltei pra casa me sentindo especial.
Moro em São Paulo! E agora? Cap 15
Moro em São Paulo! E agora?
Capitulo 15
Inferno
Amanha é dia de pagamento.
Dia pagar aluguel, água, luz... Meu Deus... E sabe quanto eu vou receber??
O equivalente a duzentos e oitenta reais. To fodido... Meu cadê os mil e oitocentos oferecidos... To me sentindo enganado pela empresa. Prometeram-me tanta e não to vendo nada. Só não to tão fodido assim porque ainda tenho o seguro desemprego.
Quer saber? Vou sair de balada hoje! Faz tempo que não saio. Vou ligar pra Jehh. Tenho certeza que ela nunca diz não pra baladinha. E outra ficar em casa também não rola. La ta difícil. A bagunça que a galera faz todos os dias até tarde da noite estão me deixando estressado.
Marquei com Jehh onze e meia na estação do metro Consolação. E exatamente nesse horário la estava eu. Meia hora depois Jehh chega toda sorridente e estava linda.
Ela vestia um shorts jeans azul, por de baixo dele meia arrastão toda rasgada e coturno pretos, uma blusinha com uma caveirinha com laçinhos nos cabelos e a frase escrita: “I dont´t Love you”.
Deu-me um abraço gostoso e começou a dizer que estava apaixonada. No ultimo sábado que ela havia saído, conheceu Cahh... e praticamente foi amor a primeira vista.
Eles so não estava jutos nesse sábado porque ele estava viajando.
Fomos descendo pela augusta, contando as novidades. Por mais que Jehh e eu nao nos encontramos mais depois daquele dia do Vegas, sempre nos falamos pelo Orkut e MSN, então nossa amizade estava bem solida.
Rimos quando vimos uma prostituta da augusta cair de cara no chão porque quebrou o salto. Rimos mas depois ficamos com dó, porque parece que ela quebrou o nariz de verdade! Coitada.
Estávamos descendo para o bar da Loka, o mesmo bar que nos conhecemos. O Cadu ia estar junto com Dani a careca. Felipe chegaria mais tarde com Silvio. No bar tivemos sorte conseguimos pegar uma mesa logo que chegamos. Das pessoas que marcamos ninguém havia chego ainda. Então começamos a nossa bebedeira.
Jehh estava empolgadíssima com o Cahh, seu namorado novo, contou e recontou a historia de como eles se conheceram. Dizia ela que parecia cena de filme. Ela saindo da faculdade cheia de livros, de repente um esbarrão em Cahh, os livros caiem ao chão, os dois se baixam para pegar o livro e ele pega sem querer em sua mão e eles se olham pela primeira vez nos olhos. Pronto. Jehh estava apaixonada.
Essa cena é digna de filme e não poderia ser diferente para Jehh, estudante de cinema.
É amor. Dizia ela suspirando.
Quem diria que aquela garotinha com roupas estranhas, pirciengs era tão romântica! Conversa vai, conversa vem... chega todo o pessoal praticamente juntos. Todos se sentam e cada pega um copo e enche com a cervejinha gelada.
E por la ficamos por horas.
Com a cerveja na cabeça todo mundo ficou afim de sair pra dançar. O bar já havia cansado.
-Vamos pro inferno? Disse Jehh seriamente.
Jehh percebendo minha cara de estranhamento me disse:
-Calma Rafael! Inferno é o nome de uma balada aqui na Augusta! Hahahahhaha. Soltou uma gargalhada.
Com certeza eu aceitei. Eu tenho que conhecer esse lugar com esse nome tão bizarro!
Pagamos a conta e novamente descemos nós para o Inferno.
A fachada da boate não era nada bizarro, nada de demônios chifrudos na recepção. Apenas escrito em vermelho. INFERNO. Estava rolando naquele dia uma festa com o tema muito estranho e nos fez rir muito. “Mulher de bigode o brejo come!” no flyer um sapo de bigode! Ou seja, a festa era de lesbicas. Mas mesmo assim decidimos entrar. O som que rola la dentro é muito bom, segundo Jehh e Dani.
Ao entrar no inferno, ele estava lotado.
Rimos pra caramba. Porque assim que entramos Dani se empolgou demais com uma cara lindo, estilo Jim Morrison.
-To passando mal de ver esse cara! Perfect. Dizia Dani.
Mas ao chegar mais perto, vimos que na verdade não era ele e sim ela.
É melhor eu tomar cuidado também, não quero me confundir assim e no final perceber que esta faltando algo no cara que estou pegando.
Ficamos no inferno e o inferno pelo menos naquela noite não estava tão legal assim.
Era quase quatro da manha, Jehh e eu decidimos sair fora, estávamos com fome e cansados. Iríamos passar na Padaria Bella Paulista comer algo e depois esperar abrir o metro. O pessoal decidiu ficar.
Saímos e caminhamos em direção a Bella Paulista. Uma padaria badaladíssima que vive lotada 24 horas.
Sinto em mim que não deveríamos ter saído do inferno.
Capitulo 15
Inferno
Amanha é dia de pagamento.
Dia pagar aluguel, água, luz... Meu Deus... E sabe quanto eu vou receber??
O equivalente a duzentos e oitenta reais. To fodido... Meu cadê os mil e oitocentos oferecidos... To me sentindo enganado pela empresa. Prometeram-me tanta e não to vendo nada. Só não to tão fodido assim porque ainda tenho o seguro desemprego.
Quer saber? Vou sair de balada hoje! Faz tempo que não saio. Vou ligar pra Jehh. Tenho certeza que ela nunca diz não pra baladinha. E outra ficar em casa também não rola. La ta difícil. A bagunça que a galera faz todos os dias até tarde da noite estão me deixando estressado.
Marquei com Jehh onze e meia na estação do metro Consolação. E exatamente nesse horário la estava eu. Meia hora depois Jehh chega toda sorridente e estava linda.
Ela vestia um shorts jeans azul, por de baixo dele meia arrastão toda rasgada e coturno pretos, uma blusinha com uma caveirinha com laçinhos nos cabelos e a frase escrita: “I dont´t Love you”.
Deu-me um abraço gostoso e começou a dizer que estava apaixonada. No ultimo sábado que ela havia saído, conheceu Cahh... e praticamente foi amor a primeira vista.
Eles so não estava jutos nesse sábado porque ele estava viajando.
Fomos descendo pela augusta, contando as novidades. Por mais que Jehh e eu nao nos encontramos mais depois daquele dia do Vegas, sempre nos falamos pelo Orkut e MSN, então nossa amizade estava bem solida.
Rimos quando vimos uma prostituta da augusta cair de cara no chão porque quebrou o salto. Rimos mas depois ficamos com dó, porque parece que ela quebrou o nariz de verdade! Coitada.
Estávamos descendo para o bar da Loka, o mesmo bar que nos conhecemos. O Cadu ia estar junto com Dani a careca. Felipe chegaria mais tarde com Silvio. No bar tivemos sorte conseguimos pegar uma mesa logo que chegamos. Das pessoas que marcamos ninguém havia chego ainda. Então começamos a nossa bebedeira.
Jehh estava empolgadíssima com o Cahh, seu namorado novo, contou e recontou a historia de como eles se conheceram. Dizia ela que parecia cena de filme. Ela saindo da faculdade cheia de livros, de repente um esbarrão em Cahh, os livros caiem ao chão, os dois se baixam para pegar o livro e ele pega sem querer em sua mão e eles se olham pela primeira vez nos olhos. Pronto. Jehh estava apaixonada.
Essa cena é digna de filme e não poderia ser diferente para Jehh, estudante de cinema.
É amor. Dizia ela suspirando.
Quem diria que aquela garotinha com roupas estranhas, pirciengs era tão romântica! Conversa vai, conversa vem... chega todo o pessoal praticamente juntos. Todos se sentam e cada pega um copo e enche com a cervejinha gelada.
E por la ficamos por horas.
Com a cerveja na cabeça todo mundo ficou afim de sair pra dançar. O bar já havia cansado.
-Vamos pro inferno? Disse Jehh seriamente.
Jehh percebendo minha cara de estranhamento me disse:
-Calma Rafael! Inferno é o nome de uma balada aqui na Augusta! Hahahahhaha. Soltou uma gargalhada.
Com certeza eu aceitei. Eu tenho que conhecer esse lugar com esse nome tão bizarro!
Pagamos a conta e novamente descemos nós para o Inferno.
A fachada da boate não era nada bizarro, nada de demônios chifrudos na recepção. Apenas escrito em vermelho. INFERNO. Estava rolando naquele dia uma festa com o tema muito estranho e nos fez rir muito. “Mulher de bigode o brejo come!” no flyer um sapo de bigode! Ou seja, a festa era de lesbicas. Mas mesmo assim decidimos entrar. O som que rola la dentro é muito bom, segundo Jehh e Dani.
Ao entrar no inferno, ele estava lotado.
Rimos pra caramba. Porque assim que entramos Dani se empolgou demais com uma cara lindo, estilo Jim Morrison.
-To passando mal de ver esse cara! Perfect. Dizia Dani.
Mas ao chegar mais perto, vimos que na verdade não era ele e sim ela.
É melhor eu tomar cuidado também, não quero me confundir assim e no final perceber que esta faltando algo no cara que estou pegando.
Ficamos no inferno e o inferno pelo menos naquela noite não estava tão legal assim.
Era quase quatro da manha, Jehh e eu decidimos sair fora, estávamos com fome e cansados. Iríamos passar na Padaria Bella Paulista comer algo e depois esperar abrir o metro. O pessoal decidiu ficar.
Saímos e caminhamos em direção a Bella Paulista. Uma padaria badaladíssima que vive lotada 24 horas.
Sinto em mim que não deveríamos ter saído do inferno.
sexta-feira, 24 de abril de 2009
Moro em São Paulo! E agora? Cap 14
Moro em São Paulo! E agora?
Capitulo 14
Viagem ao inferno.
Tava todo mundo em frente à escola.
Realmente naquela sexta feira toda a galera tava reunida. Camila, Carol, Torão, Thais, patrícia, umas quinze pessoas.
Todo mundo tava querendo fazer alguma coisa diferente naquela noite.
Fumar maconha a gente ia de qualquer jeito, cheirar um pó tava todo mundo sem grana. Até que Roberto teve uma idéia, a genial idéia.
Se eu soubesse que aquela idéia ia mudar por demais a minha vida, jamais tinha aceitado.
-Em casa tem cola de sapateiro. Vamos??? É muito louco!!!
Todo mundo riu... Mas todo mundo aceitou.
Passamos na casa de Roberto para pegar a cola e fomos em direção a rio do Paco, onde iríamos ficar a vontade.
Começa enfim a minha destruição.
Todo mundo sentou-se sobre o gramado. Todo mundo animado falando alto. Até eu estava bem naquele dia. Conversava com todo mundo. Colocamos a cola na sacolinha e começamos a cheirar. Que loucura era aquela? Aquele cheiro entrava queimando por dentro. De repente começou tipo de barulho, que impossível de descrever. Todo mundo começou literalmente a viajar e eu tive a mais incrível das viagens!
“O barulho ficou mais forte, agora estava parecendo com som de um disco voadores, não que já tenha visto, mas já vi em filmes. Uma explosão. O escuro total!
Meu coração começou a bater forte, tão forte que doía. Medo.
Até que no céu acendeu luzes que iluminava todo o gramado onde estávamos. As luzes eram brancas, vermelhas e azuis. E do jeito que elas estavam posicionadas lembrava um pouco a bandeira americana. Fiquei olhando abismado com que meus olhos contemplavam. Onde estou?? Não sabia mais onde estava! Eu não sabia como tinha ido parar naquele lugar.
Olhei para o lado, começando a me desesperar! Foi ai que pude notar todo mundo que estava comigo, todos meus amigos faziam movimentos repetitivos, e falavam todos enrolados. Fiquei sem entender o que era aquilo.
Foi então que como uma luz, lembrei-me que estava cheirando cola. Lembrei de Camila lendo o rotulo da lata de cola e dizendo: A INALAÇAO DESTE PRODUTO CAUSA A MORTE!
Meu Deus!!!! Eu Morri! É!! Eu estava cheirando cola e agora eu morri!!! To no inferno!! E minha condenação é ficar vendo isso pela eternidade. Meus amigos fazendo esses movimentos estranhos. Comecei a chorar! Que horror...
Foi então que comecei a clamar a Deus por misericórdia.
Meu Deus me perdoa, me ajuda, tira-me desse inferno.
Meus amigos começaram a gargalhar.
Uma voz disse: são demônios, são os demônios rindo de você. Porque você jamais vai sair daqui!
Enchi-me de fé! Eu creio em Deus e sei do seu amor...
Comecei a clamar mais ainda.. mais gargalhada...clamei mais...até que ocorreu outra explosão.”
Pronto! Estava de volta. Tudo normal!
Eu chorava demais. Mas dessa vez por alivio. Camila veio em minha direção me abraçando e chorando. Será que ela viu também? Os outros continuavam viajando...
Chorei ali baixinho com Camila.
Foi uma tremenda de uma viagem!!!
Quero sentir isso de novo!! Pensei assim que me acalmei.
Capitulo 14
Viagem ao inferno.
Tava todo mundo em frente à escola.
Realmente naquela sexta feira toda a galera tava reunida. Camila, Carol, Torão, Thais, patrícia, umas quinze pessoas.
Todo mundo tava querendo fazer alguma coisa diferente naquela noite.
Fumar maconha a gente ia de qualquer jeito, cheirar um pó tava todo mundo sem grana. Até que Roberto teve uma idéia, a genial idéia.
Se eu soubesse que aquela idéia ia mudar por demais a minha vida, jamais tinha aceitado.
-Em casa tem cola de sapateiro. Vamos??? É muito louco!!!
Todo mundo riu... Mas todo mundo aceitou.
Passamos na casa de Roberto para pegar a cola e fomos em direção a rio do Paco, onde iríamos ficar a vontade.
Começa enfim a minha destruição.
Todo mundo sentou-se sobre o gramado. Todo mundo animado falando alto. Até eu estava bem naquele dia. Conversava com todo mundo. Colocamos a cola na sacolinha e começamos a cheirar. Que loucura era aquela? Aquele cheiro entrava queimando por dentro. De repente começou tipo de barulho, que impossível de descrever. Todo mundo começou literalmente a viajar e eu tive a mais incrível das viagens!
“O barulho ficou mais forte, agora estava parecendo com som de um disco voadores, não que já tenha visto, mas já vi em filmes. Uma explosão. O escuro total!
Meu coração começou a bater forte, tão forte que doía. Medo.
Até que no céu acendeu luzes que iluminava todo o gramado onde estávamos. As luzes eram brancas, vermelhas e azuis. E do jeito que elas estavam posicionadas lembrava um pouco a bandeira americana. Fiquei olhando abismado com que meus olhos contemplavam. Onde estou?? Não sabia mais onde estava! Eu não sabia como tinha ido parar naquele lugar.
Olhei para o lado, começando a me desesperar! Foi ai que pude notar todo mundo que estava comigo, todos meus amigos faziam movimentos repetitivos, e falavam todos enrolados. Fiquei sem entender o que era aquilo.
Foi então que como uma luz, lembrei-me que estava cheirando cola. Lembrei de Camila lendo o rotulo da lata de cola e dizendo: A INALAÇAO DESTE PRODUTO CAUSA A MORTE!
Meu Deus!!!! Eu Morri! É!! Eu estava cheirando cola e agora eu morri!!! To no inferno!! E minha condenação é ficar vendo isso pela eternidade. Meus amigos fazendo esses movimentos estranhos. Comecei a chorar! Que horror...
Foi então que comecei a clamar a Deus por misericórdia.
Meu Deus me perdoa, me ajuda, tira-me desse inferno.
Meus amigos começaram a gargalhar.
Uma voz disse: são demônios, são os demônios rindo de você. Porque você jamais vai sair daqui!
Enchi-me de fé! Eu creio em Deus e sei do seu amor...
Comecei a clamar mais ainda.. mais gargalhada...clamei mais...até que ocorreu outra explosão.”
Pronto! Estava de volta. Tudo normal!
Eu chorava demais. Mas dessa vez por alivio. Camila veio em minha direção me abraçando e chorando. Será que ela viu também? Os outros continuavam viajando...
Chorei ali baixinho com Camila.
Foi uma tremenda de uma viagem!!!
Quero sentir isso de novo!! Pensei assim que me acalmei.
Moro em São Paulo! E agora? Cap 13
Moro em São Paulo! E agora?
Capitulo 13
Luta de cada dia.
Cheguei com as malas na casa de Fernanda. A partir de agora não moro mais em uma pensão. Divido um apartamento com minha amiga. Bairro? Vila Matilde, zona leste de São Paulo, bem próximo ao metro. Vai ficar fácil de ir trabalhar na loja. Meu novo emprego “O melhor da madeira”. Agora sou vendedor.
Há duas semanas trabalho nessa loja. São muitas as dificuldades, técnicas de vendas, abordagem e conhecimento do material. Também não recebo o vale transporte e nem salário fixo, apenas comissão.
Tenho um pouco de receio sobre essa parte, mas tenho que tentar vencer por esse caminho. E outra lá na loja tem vendedores que trabalha a anos e são pais de família, se não rendesse dinheiro algum ninguém estaria la.
E fora que a empresa é consideravelmente de grande, o total de 12 lojas.
Trabalho das oito e meia às seis da tarde.
Em duas semanas tenho o total de vendas no valor seis mil oitocentos e cinqüenta reais, pouco, muito pouco. Contando que minha comissão é 2,5%.
Nem paga minha condução.
Na casa de Fernanda esta correndo tudo bem. Estamos nos dando bem. Ela trabalha em um escritório de advocacia e é cheia de amigos baladeiros. Me dei bem com a maioria que freqüenta a casa dela. Apenas um que achou um absurdo ela morar com um viado. É! Ele disse assim mesmo.
O apartamento é pequeno. Sala, uma cozinha pequena, e apenas um quarto. Divido-o com Fernanda. Mas como sou gay, não gera constrangimento algum para nenhuma das partes.
Toda noite os amigos de Fernanda saem do trabalho e vão até a casa dela, para beber, fumar e jogar conversa fora ou fumar um baseado. Isso me incomoda um pouco, mas não tenho o direito de falar nada. Então... Melhor ficar calado e ir dormir.
Estendo meu colchão de solteiro ao chão, preparo a cama, encosto a porta do quarto para abafar um pouco o som da conversa que acontece animada na sala, deito-me.
Estou pensando na vida, fazendo planos como costumo fazer antes de dormir, ou estou inventando uma “novela” na cabeça até pegar no sono. Devagar o sono chega. Também estou tão cansado... To dormindo... ACORDO. Acordo com a gargalhada da galera na sala. Tudo bem volto a dormir.
Sete da manha. O despertador. Levanto quase morrendo, mas tenho que trabalhar. Tomo banho, me troco e como de costume não tomo café da manha. Vamos enfrentar a luta do metro. Uma verdadeira luta mesmo...
A estação da vila Matilde esta lotada. Horário de pico. Passo bilhete único pela catraca, entro. Meu Deus. Que inferno é este? Tudo lotado. O metro logo encosta, mas impossível entrar, muita gente na minha frente, e muito mais gente dentro do vagão do metro.
O jeito vai ser ir sentido ao contrario, ir até Itaquera e de lá pegar sentindo Barra Funda. Se não fizer isso não entro de jeito algum. Aprendi essa “tática” logo nos primeiros dias que comecei a usar o metro. O melhor amigo de São Paulo, conforme o estado costume dizer nas propagandas de TV. Caramba!! Cheguei atrasado de novo na loja. Ainda bem que tenho a desculpa do metro. Mas vou ter que começar acordar mais cedo. Senão...
Capitulo 13
Luta de cada dia.
Cheguei com as malas na casa de Fernanda. A partir de agora não moro mais em uma pensão. Divido um apartamento com minha amiga. Bairro? Vila Matilde, zona leste de São Paulo, bem próximo ao metro. Vai ficar fácil de ir trabalhar na loja. Meu novo emprego “O melhor da madeira”. Agora sou vendedor.
Há duas semanas trabalho nessa loja. São muitas as dificuldades, técnicas de vendas, abordagem e conhecimento do material. Também não recebo o vale transporte e nem salário fixo, apenas comissão.
Tenho um pouco de receio sobre essa parte, mas tenho que tentar vencer por esse caminho. E outra lá na loja tem vendedores que trabalha a anos e são pais de família, se não rendesse dinheiro algum ninguém estaria la.
E fora que a empresa é consideravelmente de grande, o total de 12 lojas.
Trabalho das oito e meia às seis da tarde.
Em duas semanas tenho o total de vendas no valor seis mil oitocentos e cinqüenta reais, pouco, muito pouco. Contando que minha comissão é 2,5%.
Nem paga minha condução.
Na casa de Fernanda esta correndo tudo bem. Estamos nos dando bem. Ela trabalha em um escritório de advocacia e é cheia de amigos baladeiros. Me dei bem com a maioria que freqüenta a casa dela. Apenas um que achou um absurdo ela morar com um viado. É! Ele disse assim mesmo.
O apartamento é pequeno. Sala, uma cozinha pequena, e apenas um quarto. Divido-o com Fernanda. Mas como sou gay, não gera constrangimento algum para nenhuma das partes.
Toda noite os amigos de Fernanda saem do trabalho e vão até a casa dela, para beber, fumar e jogar conversa fora ou fumar um baseado. Isso me incomoda um pouco, mas não tenho o direito de falar nada. Então... Melhor ficar calado e ir dormir.
Estendo meu colchão de solteiro ao chão, preparo a cama, encosto a porta do quarto para abafar um pouco o som da conversa que acontece animada na sala, deito-me.
Estou pensando na vida, fazendo planos como costumo fazer antes de dormir, ou estou inventando uma “novela” na cabeça até pegar no sono. Devagar o sono chega. Também estou tão cansado... To dormindo... ACORDO. Acordo com a gargalhada da galera na sala. Tudo bem volto a dormir.
Sete da manha. O despertador. Levanto quase morrendo, mas tenho que trabalhar. Tomo banho, me troco e como de costume não tomo café da manha. Vamos enfrentar a luta do metro. Uma verdadeira luta mesmo...
A estação da vila Matilde esta lotada. Horário de pico. Passo bilhete único pela catraca, entro. Meu Deus. Que inferno é este? Tudo lotado. O metro logo encosta, mas impossível entrar, muita gente na minha frente, e muito mais gente dentro do vagão do metro.
O jeito vai ser ir sentido ao contrario, ir até Itaquera e de lá pegar sentindo Barra Funda. Se não fizer isso não entro de jeito algum. Aprendi essa “tática” logo nos primeiros dias que comecei a usar o metro. O melhor amigo de São Paulo, conforme o estado costume dizer nas propagandas de TV. Caramba!! Cheguei atrasado de novo na loja. Ainda bem que tenho a desculpa do metro. Mas vou ter que começar acordar mais cedo. Senão...
Moro em São Paulo! E agora? Cap 12
Moro em São Paulo! E agora?
Capitulo 12
Falta de sorte
Minha fama de drogado espalhou-se muito rápido em São Pedro.
Todo mundo comentando. Meu pai não me da mais dinheiro, to mais pobre que nunca. Tenho conseguir trabalho.
Acordei cedo e sai pra conseguir meu trabalho.
Tenho dezesseis anos, nem sei o que quero fazer. Mas não tenho escolha.
O que eu sei é que eu quero dinheiro.
Descendo pela Rua Veríssimo Prado, a rua principal dos comércios em São Pedro. Dei-me conta que estava com vergonha de procurar emprego. Mas tudo bem. Estufei o peito de coragem e comecei...
Vi uma loja de tintas na esquina resolvi que era ali que deixaria meu primeiro currículo. Entrei e um cara com um bigode muito estranho veio me atender.
-Bom dia. Vocês por acaso estão precisando de alguém pra trabalhar?
-Não infelizmente não.
-Que pena. Mas posso deixar um currículo? Se abrir alguma vaga...
-Claro!
-Obrigado!
Nossa ate que não foi tão difícil assim. Pensei comigo. Sai daquela loja e logo entrei em uma papelaria.
-Contratamos semana passada! Disse a garota no balcão.
Pulei então pra outra loja de eletrodomésticos.
-Não aceitamos menor de idade.
Entrei em uma padaria.
Tinha uma cara muito lindo no caixa. Ai não tive coragem de falar nada. Comprei balas e sai. Aqui em são Pedro tem muitas lojas de roupas, mas todas só aceitam mulheres para trabalhar como vendedoras. Que merda.
Desci vi uma lanchonete. Entrei.
-Não!!
Nossa esse foi um não mesmo. Que cara mais grosso. Comecei a ficar meio assim, mas não vou desistir. Passei num posto de gasolina. Não também! Nossa meu Deus me ajuda! Entrei logo em seguida ao posto de gasolina numa loja de materiais de construção. NÃO!!! Em uma loja de artigos e presentes. NÃO!!! Em uma escola de informática. NÃO!!! Em boteco. NÃO!!!
Comecei a me sentir pesado. Uma sensação muito estranha. Que droga! Uma vontade de chorar insuportável. Depois do ultimo não em uma loja de calçados, descidi voltar pra casa. A vontade de chorar era forte. Não sei como explicar, mas parecia ser algo espiritual aquela vontade de chorar. Voltei pra casa então.
Abri a porta de casa e assim que a fechei. Pronto desabei a chorar. Mas ao mesmo tempo que eu chorava eu falava com Deus. Como louco andando de um lado para o outro, e falndo em voz alta tudo o que estava acontecendo na minha vida, confessando meus pecados, meus erros e minha vontade de mudar essa situação. Chorei... e orei com fé.
De repente toca o telefone.
Enxuguei minhas lagrimas, me enchi de força e falei em voz alta.
-Pronto! É meu milagre! Deus ouviu minha oração!
É meu emprego! Eu sei que é! Com certeza alguém me ligando. Afinal deixei vários currículos.
Atendi ao telefone.
-Alô!
-Oi Rafael, é Camila. Tudo bem?
-é...
-Então Rafael to te ligando por que to precisando do dinheiro que a gente fez vaquinha pra comprar a farinha aquele dia. To sem grana. Tem como você me arrumar?
Eu não acreditei no meus ouvidos acabaram de ouvir.
Eu chorando tanto e ainda depois acabo de receber uma cobrança.
Ao inventar uma desculpa para Camila, desliguei o telefone e até parei de chorar.
Isso era demais. Muita falta de sorte.
Capitulo 12
Falta de sorte
Minha fama de drogado espalhou-se muito rápido em São Pedro.
Todo mundo comentando. Meu pai não me da mais dinheiro, to mais pobre que nunca. Tenho conseguir trabalho.
Acordei cedo e sai pra conseguir meu trabalho.
Tenho dezesseis anos, nem sei o que quero fazer. Mas não tenho escolha.
O que eu sei é que eu quero dinheiro.
Descendo pela Rua Veríssimo Prado, a rua principal dos comércios em São Pedro. Dei-me conta que estava com vergonha de procurar emprego. Mas tudo bem. Estufei o peito de coragem e comecei...
Vi uma loja de tintas na esquina resolvi que era ali que deixaria meu primeiro currículo. Entrei e um cara com um bigode muito estranho veio me atender.
-Bom dia. Vocês por acaso estão precisando de alguém pra trabalhar?
-Não infelizmente não.
-Que pena. Mas posso deixar um currículo? Se abrir alguma vaga...
-Claro!
-Obrigado!
Nossa ate que não foi tão difícil assim. Pensei comigo. Sai daquela loja e logo entrei em uma papelaria.
-Contratamos semana passada! Disse a garota no balcão.
Pulei então pra outra loja de eletrodomésticos.
-Não aceitamos menor de idade.
Entrei em uma padaria.
Tinha uma cara muito lindo no caixa. Ai não tive coragem de falar nada. Comprei balas e sai. Aqui em são Pedro tem muitas lojas de roupas, mas todas só aceitam mulheres para trabalhar como vendedoras. Que merda.
Desci vi uma lanchonete. Entrei.
-Não!!
Nossa esse foi um não mesmo. Que cara mais grosso. Comecei a ficar meio assim, mas não vou desistir. Passei num posto de gasolina. Não também! Nossa meu Deus me ajuda! Entrei logo em seguida ao posto de gasolina numa loja de materiais de construção. NÃO!!! Em uma loja de artigos e presentes. NÃO!!! Em uma escola de informática. NÃO!!! Em boteco. NÃO!!!
Comecei a me sentir pesado. Uma sensação muito estranha. Que droga! Uma vontade de chorar insuportável. Depois do ultimo não em uma loja de calçados, descidi voltar pra casa. A vontade de chorar era forte. Não sei como explicar, mas parecia ser algo espiritual aquela vontade de chorar. Voltei pra casa então.
Abri a porta de casa e assim que a fechei. Pronto desabei a chorar. Mas ao mesmo tempo que eu chorava eu falava com Deus. Como louco andando de um lado para o outro, e falndo em voz alta tudo o que estava acontecendo na minha vida, confessando meus pecados, meus erros e minha vontade de mudar essa situação. Chorei... e orei com fé.
De repente toca o telefone.
Enxuguei minhas lagrimas, me enchi de força e falei em voz alta.
-Pronto! É meu milagre! Deus ouviu minha oração!
É meu emprego! Eu sei que é! Com certeza alguém me ligando. Afinal deixei vários currículos.
Atendi ao telefone.
-Alô!
-Oi Rafael, é Camila. Tudo bem?
-é...
-Então Rafael to te ligando por que to precisando do dinheiro que a gente fez vaquinha pra comprar a farinha aquele dia. To sem grana. Tem como você me arrumar?
Eu não acreditei no meus ouvidos acabaram de ouvir.
Eu chorando tanto e ainda depois acabo de receber uma cobrança.
Ao inventar uma desculpa para Camila, desliguei o telefone e até parei de chorar.
Isso era demais. Muita falta de sorte.
Moro em São Paulo! E agora? Cap 11
Moro em São Paulo! E agora?
Capitulo 11
O tempo não pára.
Meu Deus. Já faz um mês que estou morando em São Paulo.
E uma semana que estou trabalhando como fiscal de loja. Trabalho em uma loja de bijuterias na rua direita, centro de São Paulo. A dona é uma chinesa louca. Meu trabalho é ficar parado encima de um banquinho olhando se ninguém rouba.
Não posso conversar apenas olhar.
Entro onze da manha e saio oito da noite, de segunda a sábado. Salário R$ 450.00. Horrível. Meu corpo todo dói. Mas tenho que agüentar.
Não quero voltar a São Pedro.
Ta um saco a pensão. Todo mundo meche nas minhas coisas, usam meu desodorante, perfume. Ontem cheguei em casa o Renato tava usando meu tênis.
Ainda bem que encontrei com Fernanda no Orkut, uma amiga de São Pedro e que mora aqui em São Paulo há cinco anos. Ela mora com um irmão, mas eles brigam demais. Ele ta pra sair.
Ela me chamou pra morar com ela e dividir o aluguel. Acho que vou aceitar.
Não encontrei mais com Jehh, falo com ela pelo Orkut. Não consegui mais sair. Realmente São Paulo é uma loucura e a correria nem se fale. Sem falar na grana que ta curta.
O Bruno também me ligou por duas vezes. Mas agora faz tempo que não falo com ele.
Distribuí vários currículos se me aparecer algo melhor que a loja da chinesa eu aceito sem pensar.
Creio que estou tendo sorte.
Sempre soube que não seria fácil, mas também não esta sendo tão difícil assim.
Ontem falei com minha mãe. Ela esta bem acho que minha partida fez bem a ela também, ela estava de saída, ia para um churrasco com minha tia. Ela nunca foi de sair, com certeza deve estar querendo começar a viver.
Realmente na vida todos temos o direito de recomeçar.
E o tempo não pára...
Recebi uma proposta de emprego. Trabalhar como vendedor de portas e janelas em madeira numa loja chamada ‘O melhor da madeira’. O salário varia entre mil e oitocentos a dois mil. Dizem que tem vendedores que tiram bem mais.
Aceitei na hora.
Capitulo 11
O tempo não pára.
Meu Deus. Já faz um mês que estou morando em São Paulo.
E uma semana que estou trabalhando como fiscal de loja. Trabalho em uma loja de bijuterias na rua direita, centro de São Paulo. A dona é uma chinesa louca. Meu trabalho é ficar parado encima de um banquinho olhando se ninguém rouba.
Não posso conversar apenas olhar.
Entro onze da manha e saio oito da noite, de segunda a sábado. Salário R$ 450.00. Horrível. Meu corpo todo dói. Mas tenho que agüentar.
Não quero voltar a São Pedro.
Ta um saco a pensão. Todo mundo meche nas minhas coisas, usam meu desodorante, perfume. Ontem cheguei em casa o Renato tava usando meu tênis.
Ainda bem que encontrei com Fernanda no Orkut, uma amiga de São Pedro e que mora aqui em São Paulo há cinco anos. Ela mora com um irmão, mas eles brigam demais. Ele ta pra sair.
Ela me chamou pra morar com ela e dividir o aluguel. Acho que vou aceitar.
Não encontrei mais com Jehh, falo com ela pelo Orkut. Não consegui mais sair. Realmente São Paulo é uma loucura e a correria nem se fale. Sem falar na grana que ta curta.
O Bruno também me ligou por duas vezes. Mas agora faz tempo que não falo com ele.
Distribuí vários currículos se me aparecer algo melhor que a loja da chinesa eu aceito sem pensar.
Creio que estou tendo sorte.
Sempre soube que não seria fácil, mas também não esta sendo tão difícil assim.
Ontem falei com minha mãe. Ela esta bem acho que minha partida fez bem a ela também, ela estava de saída, ia para um churrasco com minha tia. Ela nunca foi de sair, com certeza deve estar querendo começar a viver.
Realmente na vida todos temos o direito de recomeçar.
E o tempo não pára...
Recebi uma proposta de emprego. Trabalhar como vendedor de portas e janelas em madeira numa loja chamada ‘O melhor da madeira’. O salário varia entre mil e oitocentos a dois mil. Dizem que tem vendedores que tiram bem mais.
Aceitei na hora.
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Moro em São Paulo! E agora? Cap 10
Moro em São Paulo! E agora?
Capitulo 10
A primeira vez. A segunda culpa.
Depois de três anos fechado num mundo só meu e pedindo muita ajuda para Deus. Mudei de colégio e comecei a estudar a noite. Estava com quinze anos agora. Tudo começava a mudar, conheci gente nova, conheci a Camila que logo se tornou minha grande amiga. E no final de semana combinei de sair com ela, iríamos para a praça.
Ela passou em casa era dez da noite daquele sábado.
Camila é uma garota muito bonita. Alta, magra, cabelos castanhos claros puxados para o loiro e um par de olhos verdes de dar inveja a qualquer um.
Na praça encontramos com muita gente da escola. Conversávamos com um aqui, outro ali... Mais um pouco a frente encontramos com Torão e Roberto.
Ficamos os quatro em frente ao bar do 100 limite. Camila estava afim de Torão e Torão afim de Camila. Ate que certo momento Torão saiu de perto acompanhado de Roberto, cinco minutos depois Roberto volta com um recado de Torão para Camila.
-O Torão esta te esperando na Praça do Fórum. Ele quer ficar com você.
Camila ficou super feliz. Afinal com quinze anos a vida ‘adulta’ esta começando pra todos. Ela me fez acompanhá-la ate a esquina da Praça do Fórum. Fui.
Quando a deixei, voltei para frente do bar. E não via mais ninguém conhecido. Tinha a sensação que todo mundo me olhava. Dei-me conta de que não gostava de ficar sozinho em meio à multidão.
Dei uma volta pra ver se encontrava alguém conhecido pra ficar junto, mas não via ninguém. E caminhando e olhando para o lado é uma coisa que não dá muito certo. Levei um tropeção que por pouco não me leva de boca ao chão. A vergonha foi tamanha que decidi ir embora pra casa.
E descendo pela rua da prefeitura para um carro. Dentro dele um homem por volta dos seus trinta e poucos anos.
-Quer carona¿
Não sei dizer o que pensei na hora, só sei que aceitei aquela carona com aquele desconhecido. Olhei em sua mão e pude ver a aliança. Era casado.
-Vamos dar uma volta antes de te levar¿
Também aceitei aquilo. O homem não falava mais nada se manteve no silencio.
Fez o retorno e fomos em direção a represa. Parou o carro embaixo de uma arvore, desceu para tirar a água dos joelhos. Entrou de volta no carro com seu pênis totalmente para fora. Colocou sua mão na minha perna. Fui em direção a sua boca para beijá-la e ele me empurrou violentamente.
-Apenas chupe!
Pegou minha cabeça e me puxou para chupá-lo.
Comecei a chupar ele com muito nojo, ele havia acabado de mijar. Não acredito que era a única coisa que pensava.
Chupei ele um pouco. Ele começou a se masturbar. Gozou. Limpou-se. Ligou o carro perguntando onde morava. Menti. Disse que estava perto e que iria caminhando mesmo. Abri a porta do carro e sai.
Assim que aquele homem saiu, comecei a chorar e a me sentir sujo da mesma maneira que havia me sentido com 12 anos, depois da minha primeira punheta.
Foi minha primeira vez! E a segunda vez que sinto aquela culpa.
Capitulo 10
A primeira vez. A segunda culpa.
Depois de três anos fechado num mundo só meu e pedindo muita ajuda para Deus. Mudei de colégio e comecei a estudar a noite. Estava com quinze anos agora. Tudo começava a mudar, conheci gente nova, conheci a Camila que logo se tornou minha grande amiga. E no final de semana combinei de sair com ela, iríamos para a praça.
Ela passou em casa era dez da noite daquele sábado.
Camila é uma garota muito bonita. Alta, magra, cabelos castanhos claros puxados para o loiro e um par de olhos verdes de dar inveja a qualquer um.
Na praça encontramos com muita gente da escola. Conversávamos com um aqui, outro ali... Mais um pouco a frente encontramos com Torão e Roberto.
Ficamos os quatro em frente ao bar do 100 limite. Camila estava afim de Torão e Torão afim de Camila. Ate que certo momento Torão saiu de perto acompanhado de Roberto, cinco minutos depois Roberto volta com um recado de Torão para Camila.
-O Torão esta te esperando na Praça do Fórum. Ele quer ficar com você.
Camila ficou super feliz. Afinal com quinze anos a vida ‘adulta’ esta começando pra todos. Ela me fez acompanhá-la ate a esquina da Praça do Fórum. Fui.
Quando a deixei, voltei para frente do bar. E não via mais ninguém conhecido. Tinha a sensação que todo mundo me olhava. Dei-me conta de que não gostava de ficar sozinho em meio à multidão.
Dei uma volta pra ver se encontrava alguém conhecido pra ficar junto, mas não via ninguém. E caminhando e olhando para o lado é uma coisa que não dá muito certo. Levei um tropeção que por pouco não me leva de boca ao chão. A vergonha foi tamanha que decidi ir embora pra casa.
E descendo pela rua da prefeitura para um carro. Dentro dele um homem por volta dos seus trinta e poucos anos.
-Quer carona¿
Não sei dizer o que pensei na hora, só sei que aceitei aquela carona com aquele desconhecido. Olhei em sua mão e pude ver a aliança. Era casado.
-Vamos dar uma volta antes de te levar¿
Também aceitei aquilo. O homem não falava mais nada se manteve no silencio.
Fez o retorno e fomos em direção a represa. Parou o carro embaixo de uma arvore, desceu para tirar a água dos joelhos. Entrou de volta no carro com seu pênis totalmente para fora. Colocou sua mão na minha perna. Fui em direção a sua boca para beijá-la e ele me empurrou violentamente.
-Apenas chupe!
Pegou minha cabeça e me puxou para chupá-lo.
Comecei a chupar ele com muito nojo, ele havia acabado de mijar. Não acredito que era a única coisa que pensava.
Chupei ele um pouco. Ele começou a se masturbar. Gozou. Limpou-se. Ligou o carro perguntando onde morava. Menti. Disse que estava perto e que iria caminhando mesmo. Abri a porta do carro e sai.
Assim que aquele homem saiu, comecei a chorar e a me sentir sujo da mesma maneira que havia me sentido com 12 anos, depois da minha primeira punheta.
Foi minha primeira vez! E a segunda vez que sinto aquela culpa.
Moro em São Paulo! E agora? Cap 09
Moro em São Paulo! E agora?
Capitulo 09
O prazer em viver
Encontrávamos todos ainda ali no Vegas todo mundo rindo e aproveitando o restante da noite. E eu envolvido nos braços de Bruno e no charme que só ele conseguia ter. Olhei no relógio que marcava quatro e vinte da manha.
Que pena a noite realmente estava chegando ao fim.
Bruno me abraçou forte e disse baixinho em meu ouvido; Vamos Sair daqui¿ ao falar me beijou na nuca me causando certo arrepio. Então nos despedimos do pessoal, troquei telefone com todos e sentia realmente que todo mundo havia gostado de mim.
Fui até a Jehh e dei aquele abraço apertado a beijei no rosto e disse;
-Obrigado eu simplesmente devo essa noite a você!!
Ela riu pegou em minha mão e disse;
-Que isso lindo. A gente ainda vai ter muitas noites dessas. Agora você tem uma amiga em São Paulo. Mas vai la porque você ainda tem que aproveitar a noite com o Bruno, juízo hein. E me conta tudo depois.
-Pode deixar!
-Me procura no Orkut. To como Sweet Revange.
E assim sai acompanhado de Bruno e com uma sensação de que uma nova vida realmente estava se iniciando. Era doce a sensação de saber que realmente e finalmente poderei ter o prazer em viver.
Saímos caminhando de mãos dadas pela Rua Augusta. Ninguém olhava nem sequer torto pra gente. Rimos muito quando passamos em frente a um puteiro e um dos porteiros entrou em nossa frente e disse:- E ai rapaziada, vamos entrar e conhecer a casa¿ Tomar uma cervejinha e chupar uma xoxotinha...
-Não obrigado! Tenho nojo!! Bruno respondeu o quanto mais rápido.
Caímos em gargalhada, inclusive o cara do puteiro.
Caminhamos mais um pouco e chegamos ao estacionamento onde Bruno tinha deixado seu carro. Saímos. Um pouco mais a frente, ainda na Rua Augusta paramos no Habbib´s e fizemos um lanche rápido.
Comecei a me preocupar em como ia fazer pra entrar na pensão. Pois nem havia pegado a chave.
Bruno perguntou onde morava e disse que era próximo ao terminal Sacomã.
-Eu moro no Edifício Copan.
Achei extraordinário. Dentro deste edifício existe de igreja a Sexshop. Uma verdadeira cidade dentro de um prédio. Com cinco mil habitantes. Mas não iria conhecer o apartamento de Bruno, pois ele divide com uma prima.
Saímos em direção à pensão e no meio do caminho, sem me perguntar nada Bruno entrou em um Drive in. Meu coração gelou na hora, mas estava afim.
Entramos na garagem numero 13. meu numero da sorte.
Bruno desceu do carro e puxou a cortina de lona azul que fechava a garagem, dando-nos mais privacidade. Podíamos ouvir gemidos escandalosos de uma mulher que estava na garagem ao lado. Rimos. Bruno aumentou o som do radio, que tocava a música Godbox – Bloodbicth.
Bruno me puxou e começou a me beijar. Um beijo doce. Nossas línguas se encontravam alucinantemente. Aumentando mais ainda o prazer e o desejo. Tirei a camiseta de Bruno, deixando a mostra seu peito levemente definidos, beijando seu pescoço fui descendo ate chegar a seu peito e aumentei a pressão nos beijos.
Bruno gemia de prazer. Com força ele puxou-me de volta e beijou meus lábios. Foi sua vez de tirar minha camiseta e da mesma forma que fiz, Bruno fez, me levando as alturas e fazendo me esquecer do resto do mundo.
E foi beijando minha boca que Bruno abriu minhas calças e me cobrindo de beijos foi lentamente descendo, ameaçou me chupar, mas não o fez, voltou a beijar meu abdômen me deixando louco de desejo. Bruno sorriu quando percebeu que teve sucesso em sua intenção. Então desceu novamente e começou a me chupar. Não conseguia conter meu prazer. Gemia.
Não sei dizer quanto tempo ficamos ali naquela posição.
Bruno se levantou e começou a beijar a boca novamente. Enquanto beija-me foi tirando sua própria calça. Minha vez. Cumpri o mesmo ritual. E logo me vi chupando Bruno que gemia alto, o que aumentava ainda mais o meu prazer.
Logo estava de volta aos beijos. Bruno pediu que o aguardasse um pouco. Caminhou nu ate o porta luvas do carro, pegou um preservativo e me entregou. De volta aos beijos.
Então com força o joguei de bruços por cima do capo do carro e beijando sua nuca, descendo pela costa, leves mordidas em suas nadegas. Estava tomado pelo desejo de possuir de vez aquele homem. Coloquei o preservativo e comecei a penetrar devagar.
Bruno geme.
Eu completamente entregue aquele momento comecei o movimento. Gemia os dois nesse momento. Podia sentir seu corpo quente. Segurei forte na cintura de Bruno, senti seu corpo tremendo. Continuei... Bruno pedia por mais. Virei Bruno de frente para mim, ele se encontrava agora deitado de costa no capo do carro. Peguei seus pés e os apoiei em meus ombros e novamente o beijando na boca comecei a penetrar. E ali ficamos.Nossos corpos molhados de suor.
Meu corpo todo tremia e esquentou por um calor que vinha de dentro. Acelerei no movimento e naquela posição gozei. Soltei meu corpo sobre o de Bruno e o beijei.
Bruno gozou se masturbando. Gozou em sua própria barriga. E então ficamos deitados juntos no capo.
Peguei lenços no porta luvas para Bruno limpar-se. Fumamos junto um cigarro e logo saímos dali.
Bruno me deixou em frente à pensão. Despediu-se com um beijo.
A luz da pensão estava acesa. Então bati na porta e João, o velho abriu. Entrei tirei minha roupa, vesti uma bermuda. Renato estava ‘desmaiado’ em sua cama.
Deitei-me entregue aquele cansaço gostoso em não pude evitar pensar.
As coisas realmente estavam mudando, não me senti culpado e nem sujo após o sexo.
Adormeci.
Capitulo 09
O prazer em viver
Encontrávamos todos ainda ali no Vegas todo mundo rindo e aproveitando o restante da noite. E eu envolvido nos braços de Bruno e no charme que só ele conseguia ter. Olhei no relógio que marcava quatro e vinte da manha.
Que pena a noite realmente estava chegando ao fim.
Bruno me abraçou forte e disse baixinho em meu ouvido; Vamos Sair daqui¿ ao falar me beijou na nuca me causando certo arrepio. Então nos despedimos do pessoal, troquei telefone com todos e sentia realmente que todo mundo havia gostado de mim.
Fui até a Jehh e dei aquele abraço apertado a beijei no rosto e disse;
-Obrigado eu simplesmente devo essa noite a você!!
Ela riu pegou em minha mão e disse;
-Que isso lindo. A gente ainda vai ter muitas noites dessas. Agora você tem uma amiga em São Paulo. Mas vai la porque você ainda tem que aproveitar a noite com o Bruno, juízo hein. E me conta tudo depois.
-Pode deixar!
-Me procura no Orkut. To como Sweet Revange.
E assim sai acompanhado de Bruno e com uma sensação de que uma nova vida realmente estava se iniciando. Era doce a sensação de saber que realmente e finalmente poderei ter o prazer em viver.
Saímos caminhando de mãos dadas pela Rua Augusta. Ninguém olhava nem sequer torto pra gente. Rimos muito quando passamos em frente a um puteiro e um dos porteiros entrou em nossa frente e disse:- E ai rapaziada, vamos entrar e conhecer a casa¿ Tomar uma cervejinha e chupar uma xoxotinha...
-Não obrigado! Tenho nojo!! Bruno respondeu o quanto mais rápido.
Caímos em gargalhada, inclusive o cara do puteiro.
Caminhamos mais um pouco e chegamos ao estacionamento onde Bruno tinha deixado seu carro. Saímos. Um pouco mais a frente, ainda na Rua Augusta paramos no Habbib´s e fizemos um lanche rápido.
Comecei a me preocupar em como ia fazer pra entrar na pensão. Pois nem havia pegado a chave.
Bruno perguntou onde morava e disse que era próximo ao terminal Sacomã.
-Eu moro no Edifício Copan.
Achei extraordinário. Dentro deste edifício existe de igreja a Sexshop. Uma verdadeira cidade dentro de um prédio. Com cinco mil habitantes. Mas não iria conhecer o apartamento de Bruno, pois ele divide com uma prima.
Saímos em direção à pensão e no meio do caminho, sem me perguntar nada Bruno entrou em um Drive in. Meu coração gelou na hora, mas estava afim.
Entramos na garagem numero 13. meu numero da sorte.
Bruno desceu do carro e puxou a cortina de lona azul que fechava a garagem, dando-nos mais privacidade. Podíamos ouvir gemidos escandalosos de uma mulher que estava na garagem ao lado. Rimos. Bruno aumentou o som do radio, que tocava a música Godbox – Bloodbicth.
Bruno me puxou e começou a me beijar. Um beijo doce. Nossas línguas se encontravam alucinantemente. Aumentando mais ainda o prazer e o desejo. Tirei a camiseta de Bruno, deixando a mostra seu peito levemente definidos, beijando seu pescoço fui descendo ate chegar a seu peito e aumentei a pressão nos beijos.
Bruno gemia de prazer. Com força ele puxou-me de volta e beijou meus lábios. Foi sua vez de tirar minha camiseta e da mesma forma que fiz, Bruno fez, me levando as alturas e fazendo me esquecer do resto do mundo.
E foi beijando minha boca que Bruno abriu minhas calças e me cobrindo de beijos foi lentamente descendo, ameaçou me chupar, mas não o fez, voltou a beijar meu abdômen me deixando louco de desejo. Bruno sorriu quando percebeu que teve sucesso em sua intenção. Então desceu novamente e começou a me chupar. Não conseguia conter meu prazer. Gemia.
Não sei dizer quanto tempo ficamos ali naquela posição.
Bruno se levantou e começou a beijar a boca novamente. Enquanto beija-me foi tirando sua própria calça. Minha vez. Cumpri o mesmo ritual. E logo me vi chupando Bruno que gemia alto, o que aumentava ainda mais o meu prazer.
Logo estava de volta aos beijos. Bruno pediu que o aguardasse um pouco. Caminhou nu ate o porta luvas do carro, pegou um preservativo e me entregou. De volta aos beijos.
Então com força o joguei de bruços por cima do capo do carro e beijando sua nuca, descendo pela costa, leves mordidas em suas nadegas. Estava tomado pelo desejo de possuir de vez aquele homem. Coloquei o preservativo e comecei a penetrar devagar.
Bruno geme.
Eu completamente entregue aquele momento comecei o movimento. Gemia os dois nesse momento. Podia sentir seu corpo quente. Segurei forte na cintura de Bruno, senti seu corpo tremendo. Continuei... Bruno pedia por mais. Virei Bruno de frente para mim, ele se encontrava agora deitado de costa no capo do carro. Peguei seus pés e os apoiei em meus ombros e novamente o beijando na boca comecei a penetrar. E ali ficamos.Nossos corpos molhados de suor.
Meu corpo todo tremia e esquentou por um calor que vinha de dentro. Acelerei no movimento e naquela posição gozei. Soltei meu corpo sobre o de Bruno e o beijei.
Bruno gozou se masturbando. Gozou em sua própria barriga. E então ficamos deitados juntos no capo.
Peguei lenços no porta luvas para Bruno limpar-se. Fumamos junto um cigarro e logo saímos dali.
Bruno me deixou em frente à pensão. Despediu-se com um beijo.
A luz da pensão estava acesa. Então bati na porta e João, o velho abriu. Entrei tirei minha roupa, vesti uma bermuda. Renato estava ‘desmaiado’ em sua cama.
Deitei-me entregue aquele cansaço gostoso em não pude evitar pensar.
As coisas realmente estavam mudando, não me senti culpado e nem sujo após o sexo.
Adormeci.
Moro em São Paulo! E agora? Cap 08
Moro em São Paulo! E agora?
Capitulo 08
Descobrindo quem sou
No auge dos meu doze anos, eu era moleque, moleque mesmo.
Daqueles que quebram o braço caindo de bicicleta. Que arrumam confusão na rua. Que brincam.
Só não jogava futebol. Não gosto! Prefiro volleyball.
Volley? Isso é jogo pra mulher dizia meu pai.
Ah... mas, e daí? Pensava. Eu gosto.
Minha mãe trabalhava como costureira numa confecção. Das oito da manha às seis da tarde. Eu ia pra escola, mas meio dia estava de volta em casa e passava o resto do tarde sozinho.
Podendo fazer bem o que queria. Às vezes ia pra casa do meu amigo Andre brincar, outras na casa de minha prima. Variava bem minhas tardes cheias de aventuras.
Embora fosse um moleque muito travesso eu era uma criança muito inocente. Juro.
Quando ouvia os outros moleques da escola falando sobre bater punheta, nem imaginava o que era.
Mas como é natural do ser humano um dia a gente da lugar a nossa verdadeira natureza.
Certa vez fui à casa da minha avó paterna, na casa morava minha avó Cida e dois tios solteirões convictos. E estava eu la, como era uma criança muito das xeretas tava simplesmente fuçando as coisas do quarto do meu tio João e embaixo do colchão encontrei uma revista pornográfica.
Meus olhos brilharam quando viram aquilo. Quanto mais que depressa coloquei a revista dentro da minha cueca e sai dali correndo. Roubei.
Fui pra casa. Eu tinha que ver aquela sacanagem. Nunca tinha visto aquilo assim, tão na cara.
Na revista continha cena de um casal transando e legendas embaixo de cada foto contando detalhes. Naturalmente que acabei ficando excitado e foi naquele dia que aprendi de verdade o que era bater punheta.
Foi naturalmente.
Fiquei eu ali na sala de casa me masturbando e olhando a revista. Foi quando comecei a sentir uma sensação estranha em mim, um calor, acelerei os movimentos do vai e vem até que não agüentando mais gozei ali mesmo.
Assustei-me com aquilo que havia acabado de sair de dentro de mim, mas logo vi uma foto do pau do cara saindo o mesmo liquido.
Mal tive tempo de me tranqüilizar cai em choro, pois percebi o que eu tinha feito. Eu me masturbei e não olhei sequer em nenhum momento pra mulher pelo contrario meu prazer foi olhar para o homem.
MEU DEUS SOU BICHA. Pensei horrorizado.
Corri para o banheiro chorando e fui tomar um banho. Eu me esfregava com tanta força me sentindo sujo. Como se com a força que me esfregava a sujeira iria sair.
Mas me dei conta que a sujeira estava por dentro e não por fora e não era com sabão e água que ela iria sair. Chorava demais e não parava de pedir perdão pra Deus.
Perdoa-me Deus! Sou somente uma criança!
Depois desse dia nunca mais fui eu mesmo. Foi descobrindo quem sou realmente que destruiu todo meu mundo.
Cada dia que se passava fui me fechando. A degradação foi aos poucos. Afastei-me dos amigos de infância, me fechei num mundo só meu, fazia planos para mudar para os Estados Unidos para que nem minha mãe e nem meu pai descobrissem a verdade sobre mim.
Cai em depressão e na hora do recreio eu não descia. Preferia ficar na sala sozinho. Assim como eu estava crescendo, meus colegas também estavam e eu já virava alvo das piadas da escola. A bichinha, o viadinho... Isso me doía.
Não via a hora de voltar pra casa e me esconder no meu colchão.
Chegou a tal ponto que comecei a matar aulas. Fingia que saia pra ir à escola, dava uma volta no quarteirão e aguardava a hora que minha mãe saia pra trabalhar. Meu pai saia bem cedinho então não havia problemas.
Quando minha mãe virava as costas eu voltava pra casa pra me esconder.
Fiz isso por um bom tempo. Ate que chamaram minha mãe na escola pra saber o porquê de tantas faltas.
Levei uma surra daquelas do meu pai.
E eles nunca nem quiseram saber o motivo. Fui logo tachado como VAGABUNDO.
Capitulo 08
Descobrindo quem sou
No auge dos meu doze anos, eu era moleque, moleque mesmo.
Daqueles que quebram o braço caindo de bicicleta. Que arrumam confusão na rua. Que brincam.
Só não jogava futebol. Não gosto! Prefiro volleyball.
Volley? Isso é jogo pra mulher dizia meu pai.
Ah... mas, e daí? Pensava. Eu gosto.
Minha mãe trabalhava como costureira numa confecção. Das oito da manha às seis da tarde. Eu ia pra escola, mas meio dia estava de volta em casa e passava o resto do tarde sozinho.
Podendo fazer bem o que queria. Às vezes ia pra casa do meu amigo Andre brincar, outras na casa de minha prima. Variava bem minhas tardes cheias de aventuras.
Embora fosse um moleque muito travesso eu era uma criança muito inocente. Juro.
Quando ouvia os outros moleques da escola falando sobre bater punheta, nem imaginava o que era.
Mas como é natural do ser humano um dia a gente da lugar a nossa verdadeira natureza.
Certa vez fui à casa da minha avó paterna, na casa morava minha avó Cida e dois tios solteirões convictos. E estava eu la, como era uma criança muito das xeretas tava simplesmente fuçando as coisas do quarto do meu tio João e embaixo do colchão encontrei uma revista pornográfica.
Meus olhos brilharam quando viram aquilo. Quanto mais que depressa coloquei a revista dentro da minha cueca e sai dali correndo. Roubei.
Fui pra casa. Eu tinha que ver aquela sacanagem. Nunca tinha visto aquilo assim, tão na cara.
Na revista continha cena de um casal transando e legendas embaixo de cada foto contando detalhes. Naturalmente que acabei ficando excitado e foi naquele dia que aprendi de verdade o que era bater punheta.
Foi naturalmente.
Fiquei eu ali na sala de casa me masturbando e olhando a revista. Foi quando comecei a sentir uma sensação estranha em mim, um calor, acelerei os movimentos do vai e vem até que não agüentando mais gozei ali mesmo.
Assustei-me com aquilo que havia acabado de sair de dentro de mim, mas logo vi uma foto do pau do cara saindo o mesmo liquido.
Mal tive tempo de me tranqüilizar cai em choro, pois percebi o que eu tinha feito. Eu me masturbei e não olhei sequer em nenhum momento pra mulher pelo contrario meu prazer foi olhar para o homem.
MEU DEUS SOU BICHA. Pensei horrorizado.
Corri para o banheiro chorando e fui tomar um banho. Eu me esfregava com tanta força me sentindo sujo. Como se com a força que me esfregava a sujeira iria sair.
Mas me dei conta que a sujeira estava por dentro e não por fora e não era com sabão e água que ela iria sair. Chorava demais e não parava de pedir perdão pra Deus.
Perdoa-me Deus! Sou somente uma criança!
Depois desse dia nunca mais fui eu mesmo. Foi descobrindo quem sou realmente que destruiu todo meu mundo.
Cada dia que se passava fui me fechando. A degradação foi aos poucos. Afastei-me dos amigos de infância, me fechei num mundo só meu, fazia planos para mudar para os Estados Unidos para que nem minha mãe e nem meu pai descobrissem a verdade sobre mim.
Cai em depressão e na hora do recreio eu não descia. Preferia ficar na sala sozinho. Assim como eu estava crescendo, meus colegas também estavam e eu já virava alvo das piadas da escola. A bichinha, o viadinho... Isso me doía.
Não via a hora de voltar pra casa e me esconder no meu colchão.
Chegou a tal ponto que comecei a matar aulas. Fingia que saia pra ir à escola, dava uma volta no quarteirão e aguardava a hora que minha mãe saia pra trabalhar. Meu pai saia bem cedinho então não havia problemas.
Quando minha mãe virava as costas eu voltava pra casa pra me esconder.
Fiz isso por um bom tempo. Ate que chamaram minha mãe na escola pra saber o porquê de tantas faltas.
Levei uma surra daquelas do meu pai.
E eles nunca nem quiseram saber o motivo. Fui logo tachado como VAGABUNDO.
Moro em São Paulo! E agora? Cap 07
Moro em São Paulo! E agora?
Capitulo 07
Apenas alguém
Entramos na boate. E eu não acreditei.
Tava tocando uma das minhas musicas favorita; Deceptacon dos Le Tigre. Amo demais essa musica... Puxei Jehh e fui correndo pra pista...
Engraçado que eu estava me sentindo super à vontade com Jehh. Quem olhava jamais imaginaria que tinha acabado de conhecer. Meu.. Muito bom.. Dançamos feitos loucos.
Dani, Silvio e Cadu se aproximaram.
Pena acabou a musica.
-Não acreditoooooo!!!! AMO ESSA MUSICA!!! Jehh e eu falamos juntos. (rimos)
A musica que começou a rolar era uma versão remixada do My Chemical Romance – I´m not Okay.
Perfeito demais! Continuamos a dançar. Sentia meu coração bater forte de tamanha felicidade que estava sentindo. Minha primeira noite naquela cidade estava sendo maravilhoso, assim como espero ser minha vida! Vim aqui pra vencer!
Acabou a musica e a próxima não conhecia. Também era querer demais né?!
Todo mundo se dirigiu ao bar, pedimos uma cerveja e fizemos um brinde:
A NOSSA NOITE!!!
Voltamos todos pra pista de dança. E por la ficamos horas dançando, só parávamos pra ir ate o bar ou ao banheiro.
Certo momento Dani e Jehh foram ao banheiro, Cadu foi ao bar, ficou apenas Silvio e eu na pista. Aproveitei pra dar uma olhadinha para os lados, fiquei com medo de o Silvio pensar alguma coisa de mim, sei la.. Mas pelo visto ele não se incomodava por estar sozinho comigo ali, Silvio não é gay ele ta pegando a Dani. Esqueço-me que aqui não é São Pedro. O pessoal aqui ta mais que acostumado em lidar com as diferenças.
De repente meus olhos se cruzam com de outro cara.
Um cara alto, corpo atlético, com cabelo moicano, vestia uma bermuda xadrez uma camiseta preta estampada com o Batman e Robin se beijando na boca. Olhei pra camiseta e ri... Ele percebendo... Riu também e veio caminhando em minha direção, olhando fixo nos meus olhos, passou por mim e segurou leve com dois dedos na minha mão e continuou caminhando, não parou pra falar comigo, mas também não soltou da minha mão foi deixando seu braço esticar cada vez mais conforme caminhava. Quando foi dar o ultimo passo que permitia ele ainda segurar minha mão eu o quanto antes segurei mais forte na mão dele e não deixando ele à soltar. Puxei-o pra mais perto e ali mesmo nos beijamos.
Só podia ouvir os “Uhuuu” de Jehh gritando. Pois ela havia voltado do banheiro e acompanhado a cena.
Continuei naquele longo beijo. Beijamos-nos calorosamente. Ate que paramos pra perguntar os nomes.
O nome dele é Bruno.
Ele me puxou ate o bar pediu uma água. Eu não queria mais nada pra beber!
Começamos a conversar entre um beijo e outro. Fui descobrindo coisas sobre aquele rapaz. Ele tinha 28 anos, trabalhava numa empresa de informática, morava com amigos e um paulista nato.
Ele me achou um cara muito corajoso por sair da minha cidadezinha e ir morar num lugar como São Paulo sem conhecer nada.
Daqui a pouco se aproxima da gente uma garota e dois caras que logo depois descobri que se tratava de Anderson, Mike e Erika, amigos de Bruno.
Bruno me apresentou a eles. E logo todo mundo tava conversando Bruno ficou me abraçando com muito carinho. Olhei para o lado vi Jehh sentada numa mesa com o resto da galera, ela me deu sinal me chamando pra ir ate la.
Chamei todo mundo e todo mundo se aproximou da mesa de Jehh. Depois das apresentações, o papo fluindo e eu envolvido nos carinhos de Bruno. Meu era bom demais.
Não podia deixar de lembrar das coisas que vivi em São Pedro, sempre ficando escondido com alguém e no dia seguinte querendo contar pra alguém e não podia. As mentiras que tinha que inventar às vezes pra ir embora de uma festa, ou da praça só porque não podia dizer a verdade, “to indo ficar com um cara!”. De repente eu tava ali, abraçado com um cara lindo, com um monte de gente achando aquilo muito normal. Inclusive eu mesmo me aceitando.
Não queria mais que essa noite chegasse ao fim. O tempo podia parar.
Descobri duas coisas nessa minha primeira noite em São Paulo.
Primeiro que estampas de camiseta aproximam as pessoas, como me aproximou de Jehh e aproximou também Bruno e eu e segundo e mais importante é que aqui posso ser eu mesmo, apenas alguém na multidão.
Capitulo 07
Apenas alguém
Entramos na boate. E eu não acreditei.
Tava tocando uma das minhas musicas favorita; Deceptacon dos Le Tigre. Amo demais essa musica... Puxei Jehh e fui correndo pra pista...
Engraçado que eu estava me sentindo super à vontade com Jehh. Quem olhava jamais imaginaria que tinha acabado de conhecer. Meu.. Muito bom.. Dançamos feitos loucos.
Dani, Silvio e Cadu se aproximaram.
Pena acabou a musica.
-Não acreditoooooo!!!! AMO ESSA MUSICA!!! Jehh e eu falamos juntos. (rimos)
A musica que começou a rolar era uma versão remixada do My Chemical Romance – I´m not Okay.
Perfeito demais! Continuamos a dançar. Sentia meu coração bater forte de tamanha felicidade que estava sentindo. Minha primeira noite naquela cidade estava sendo maravilhoso, assim como espero ser minha vida! Vim aqui pra vencer!
Acabou a musica e a próxima não conhecia. Também era querer demais né?!
Todo mundo se dirigiu ao bar, pedimos uma cerveja e fizemos um brinde:
A NOSSA NOITE!!!
Voltamos todos pra pista de dança. E por la ficamos horas dançando, só parávamos pra ir ate o bar ou ao banheiro.
Certo momento Dani e Jehh foram ao banheiro, Cadu foi ao bar, ficou apenas Silvio e eu na pista. Aproveitei pra dar uma olhadinha para os lados, fiquei com medo de o Silvio pensar alguma coisa de mim, sei la.. Mas pelo visto ele não se incomodava por estar sozinho comigo ali, Silvio não é gay ele ta pegando a Dani. Esqueço-me que aqui não é São Pedro. O pessoal aqui ta mais que acostumado em lidar com as diferenças.
De repente meus olhos se cruzam com de outro cara.
Um cara alto, corpo atlético, com cabelo moicano, vestia uma bermuda xadrez uma camiseta preta estampada com o Batman e Robin se beijando na boca. Olhei pra camiseta e ri... Ele percebendo... Riu também e veio caminhando em minha direção, olhando fixo nos meus olhos, passou por mim e segurou leve com dois dedos na minha mão e continuou caminhando, não parou pra falar comigo, mas também não soltou da minha mão foi deixando seu braço esticar cada vez mais conforme caminhava. Quando foi dar o ultimo passo que permitia ele ainda segurar minha mão eu o quanto antes segurei mais forte na mão dele e não deixando ele à soltar. Puxei-o pra mais perto e ali mesmo nos beijamos.
Só podia ouvir os “Uhuuu” de Jehh gritando. Pois ela havia voltado do banheiro e acompanhado a cena.
Continuei naquele longo beijo. Beijamos-nos calorosamente. Ate que paramos pra perguntar os nomes.
O nome dele é Bruno.
Ele me puxou ate o bar pediu uma água. Eu não queria mais nada pra beber!
Começamos a conversar entre um beijo e outro. Fui descobrindo coisas sobre aquele rapaz. Ele tinha 28 anos, trabalhava numa empresa de informática, morava com amigos e um paulista nato.
Ele me achou um cara muito corajoso por sair da minha cidadezinha e ir morar num lugar como São Paulo sem conhecer nada.
Daqui a pouco se aproxima da gente uma garota e dois caras que logo depois descobri que se tratava de Anderson, Mike e Erika, amigos de Bruno.
Bruno me apresentou a eles. E logo todo mundo tava conversando Bruno ficou me abraçando com muito carinho. Olhei para o lado vi Jehh sentada numa mesa com o resto da galera, ela me deu sinal me chamando pra ir ate la.
Chamei todo mundo e todo mundo se aproximou da mesa de Jehh. Depois das apresentações, o papo fluindo e eu envolvido nos carinhos de Bruno. Meu era bom demais.
Não podia deixar de lembrar das coisas que vivi em São Pedro, sempre ficando escondido com alguém e no dia seguinte querendo contar pra alguém e não podia. As mentiras que tinha que inventar às vezes pra ir embora de uma festa, ou da praça só porque não podia dizer a verdade, “to indo ficar com um cara!”. De repente eu tava ali, abraçado com um cara lindo, com um monte de gente achando aquilo muito normal. Inclusive eu mesmo me aceitando.
Não queria mais que essa noite chegasse ao fim. O tempo podia parar.
Descobri duas coisas nessa minha primeira noite em São Paulo.
Primeiro que estampas de camiseta aproximam as pessoas, como me aproximou de Jehh e aproximou também Bruno e eu e segundo e mais importante é que aqui posso ser eu mesmo, apenas alguém na multidão.
Moro em São Paulo! E agora? Cap 06
Moro em São Paulo! E agora?
Capitulo 06
Companheira Solidão
Mais um final de semana Chegou. Finalmente!
Sábado dia de sair, de ver os amigos, de beijar na boca, de aproveitar a vida que Deus nos da!
Hoje tem festa no Casarão Party, a danceteria mais famosa da região de São Pedro.
To super animado pra ir. Todo mundo vai.
Mas vou subir pro centro sozinho porque o carro do Torão lotou e não da pra eu ir junto. Tudo bem!
Onze e meia da noite. Já estou na praça. Devo ter chegado cedo demais. Apesar da praça estar lotada. Mas não vejo ninguém dos meus amigos.
Vou ao bar 100 limites beber uma brasileirinha.
Virei uma.
Nossa pinga com sal e limão sempre é bom em dia de festa. Quero mais e ficar muito louco mesmo.
Virei duas.
Ah! A Camila. Ainda bem, não gosto de ficar sozinho na praça.
-Oi Camila!
Logo atrás de Camila vinha Carol e Torão. Espera ai? O carro dele não ia estar lotado?
- Só estão vocês três??
-Só!!
Camila respondeu como se não tivesse nada de estranho.
Tudo bem! Deixa pra la! Hoje é dia de festa, não vou falar nada!
Todo mundo comprou uma cerveja em lata bem gelada e decidimos sair pra fumar um baseado. No Caminho encontramos com Roberto.
Ele tinha farinha da boa!
Vamos??? Claro que sim!! Hoje é dia.
Entramos no carro de Torão, e já fui dechavando a maconha pra bolar o baseado, fomos indo em direção ao bairro Santana, onde tem muitas chácaras e não passa policia.
Antes mesmo de chagar la já estávamos acendendo o baseado.
Logo encostamos o carro, terminamos de fumar.
Não sei por que fumo maconha, ela não me faz bem! Fico introspectivo demais.
Logo Roberto tira de dentro da meia três cápsulas de cocaína.
Pegamos o cd do Planet Hemp e Roberto quanto mais depressa foi preparando as carreiras.
Ficamos la e cheiramos duas das cápsulas.
Logo o efeito estava na cabeça. Boca adormecida e uma sensação que não se explica.
Voltamos para praça.
E fomos direto ao bar. E todo mundo virou um brasileirinha cada.
Roberto logo sumiu com Torão, provavelmente para terminar a outra cápsula.
Todo mundo rindo e conversando.
As meninas e eu viramos outra brasileirinha e já com uma lata de cerveja nas mãos.
Senti um cheiro do lanche que o cara havia colocado sobre o balcão.
Lembrei que com toda minha ansiedade para festa havia ficado sem fome, por tanto, sem comer.
E bebendo daquele jeito.
Tudo bem vai!
Tempo depois, resolvemos dar só mais umas tragadinhas num baseado antes de entrar pra festa.
E então Carol, Camila e eu fomos ate o fórum. Que é escuro e não pega nada.
Apesar de ser bem ao lado da delegacia... Mas eram duas meninas e eu... Eles nem ligariam pra gente.
Chegando la.. Acendi uma ponta de um baseado.
Dei a primeira tragada, dei duas e passei pra Carol que logo passou pra Camila.
De repente começo a me sentir mal. Tudo roda.
A maconha não caiu bem!
Fui ficando pior e pior, ate que... Vomitei.
Vomitei... Vomitei...
Carol e Camila me pagaram e molharam meu rosto com a torneira que fica entre o jardim do fórum. Colocaram-me sentado num banco.
Eu me abaixei. Não tinha mais força.
Muito sono, tava muito mal.
Não sei falar quanto tempo elas ficaram ali.. Ficaram ate um bom tempo.
Mas até que Carol diz:
-Rafael? Você ta melhor??
Balancei a cabeça dizendo que sim.
Mentira, lógico!!!
-Ta bem mesmo??
Dessa vez não tive forças pra responder.
-Olha então vamos entrar no Casarão?
-Espera ai!! Já vou!
Em um breve espaço de tempo.
-Rafael, a Camila e eu estamos indo, depois você encontra com a gente la?
Sem forças pra falar.
-Estamos indo então!
Fiquei ali, somente com a minha companheira solidão. Dormi naquele banco mesmo, acordei as sete da manha.
Levantei-me envergonhado, bati o pó da roupa e desci de volta pra casa.
Capitulo 06
Companheira Solidão
Mais um final de semana Chegou. Finalmente!
Sábado dia de sair, de ver os amigos, de beijar na boca, de aproveitar a vida que Deus nos da!
Hoje tem festa no Casarão Party, a danceteria mais famosa da região de São Pedro.
To super animado pra ir. Todo mundo vai.
Mas vou subir pro centro sozinho porque o carro do Torão lotou e não da pra eu ir junto. Tudo bem!
Onze e meia da noite. Já estou na praça. Devo ter chegado cedo demais. Apesar da praça estar lotada. Mas não vejo ninguém dos meus amigos.
Vou ao bar 100 limites beber uma brasileirinha.
Virei uma.
Nossa pinga com sal e limão sempre é bom em dia de festa. Quero mais e ficar muito louco mesmo.
Virei duas.
Ah! A Camila. Ainda bem, não gosto de ficar sozinho na praça.
-Oi Camila!
Logo atrás de Camila vinha Carol e Torão. Espera ai? O carro dele não ia estar lotado?
- Só estão vocês três??
-Só!!
Camila respondeu como se não tivesse nada de estranho.
Tudo bem! Deixa pra la! Hoje é dia de festa, não vou falar nada!
Todo mundo comprou uma cerveja em lata bem gelada e decidimos sair pra fumar um baseado. No Caminho encontramos com Roberto.
Ele tinha farinha da boa!
Vamos??? Claro que sim!! Hoje é dia.
Entramos no carro de Torão, e já fui dechavando a maconha pra bolar o baseado, fomos indo em direção ao bairro Santana, onde tem muitas chácaras e não passa policia.
Antes mesmo de chagar la já estávamos acendendo o baseado.
Logo encostamos o carro, terminamos de fumar.
Não sei por que fumo maconha, ela não me faz bem! Fico introspectivo demais.
Logo Roberto tira de dentro da meia três cápsulas de cocaína.
Pegamos o cd do Planet Hemp e Roberto quanto mais depressa foi preparando as carreiras.
Ficamos la e cheiramos duas das cápsulas.
Logo o efeito estava na cabeça. Boca adormecida e uma sensação que não se explica.
Voltamos para praça.
E fomos direto ao bar. E todo mundo virou um brasileirinha cada.
Roberto logo sumiu com Torão, provavelmente para terminar a outra cápsula.
Todo mundo rindo e conversando.
As meninas e eu viramos outra brasileirinha e já com uma lata de cerveja nas mãos.
Senti um cheiro do lanche que o cara havia colocado sobre o balcão.
Lembrei que com toda minha ansiedade para festa havia ficado sem fome, por tanto, sem comer.
E bebendo daquele jeito.
Tudo bem vai!
Tempo depois, resolvemos dar só mais umas tragadinhas num baseado antes de entrar pra festa.
E então Carol, Camila e eu fomos ate o fórum. Que é escuro e não pega nada.
Apesar de ser bem ao lado da delegacia... Mas eram duas meninas e eu... Eles nem ligariam pra gente.
Chegando la.. Acendi uma ponta de um baseado.
Dei a primeira tragada, dei duas e passei pra Carol que logo passou pra Camila.
De repente começo a me sentir mal. Tudo roda.
A maconha não caiu bem!
Fui ficando pior e pior, ate que... Vomitei.
Vomitei... Vomitei...
Carol e Camila me pagaram e molharam meu rosto com a torneira que fica entre o jardim do fórum. Colocaram-me sentado num banco.
Eu me abaixei. Não tinha mais força.
Muito sono, tava muito mal.
Não sei falar quanto tempo elas ficaram ali.. Ficaram ate um bom tempo.
Mas até que Carol diz:
-Rafael? Você ta melhor??
Balancei a cabeça dizendo que sim.
Mentira, lógico!!!
-Ta bem mesmo??
Dessa vez não tive forças pra responder.
-Olha então vamos entrar no Casarão?
-Espera ai!! Já vou!
Em um breve espaço de tempo.
-Rafael, a Camila e eu estamos indo, depois você encontra com a gente la?
Sem forças pra falar.
-Estamos indo então!
Fiquei ali, somente com a minha companheira solidão. Dormi naquele banco mesmo, acordei as sete da manha.
Levantei-me envergonhado, bati o pó da roupa e desci de volta pra casa.
sexta-feira, 17 de abril de 2009
Moro em São Paulo! E agora? Cap 05
Moro em São Paulo! E agora?
Capitulo 05
Alguém Normal
Fui caminhando ate o terminal Sacomã, era bem perto mesmo. Eu não via a hora de chegar na av. Paulista.
Perguntei a alguém qual ônibus passa no metro Alto do Ipiranga.
Logo o ônibus estava saindo a seu destino.
Desci na estação do metro, comprei o bilhete e quando fui passar pela catraca, um rapaz forte, moreno com cabelos cortados a maquina, com camiseta colada ao corpo deixando a mostra seus músculos definidos, uma calça jeans básica... Enfim um cara muito bonito. Desses que com certeza tem fama de “pega geral” ele estava saindo do metro, seus olhos se encontraram nos meus e senti aquele frio na barriga, ele sorriu. Passou pela catraca, olhou para traz e me pegou olhando também... Eu passei a catraca e pelo vidro continuamos aquela troca de olhares, comecei descer pela escada rolante e ele me deu um tchauzinhu... Nunca mais vou encontrar esse cara!
Que lindo!! Pensei... Nossa ele me olhou!! To me achando ate mais bonito! Vou me dar bem nessa cidade!
Pode parecer bobagem, mas fiquei ate mais confiante depois desse ocorrido!
Entrei no metro, não tinha lugar para sentar. Fui de pé, fui olhando em cada estação que o metro parava, ate que chegou à estação Brigadeiro, lembrei que Celma disse que podia descer ali, mas não desci...logo em seguida Trianon/MASP...foi nessa que resolvi descer, afinal se for o MASP que estou pensando é o famoso cartão postal da cidade.
Desci e quando sai pra rua, la estava ela, toda iluminada, carros indo e vindo em alta velocidade, prédios altos...sim é a av. Paulista. Linda.
Caminhei um pouco e logo vi... o cartão postal da cidade, o MASP. Nossa mas que medo! Ta todo escuro, tem moradores de ruas dormindo embaixo de caixas de papelão por todo lado, bem ao fundo um amontoado de jovens, fazendo o que eu não sei. Nossa por ser o cartão postal parece estar meio abandonado. Deve ser porque é noite..durante o dia a coisa deve mudar... logo saberei.
Mas um pouco a frente vi uns barzinhos e estavam todos lotados... Nossa mas é segunda-feira gente? Realmente São Paulo não dorme, não para, se fosse em São Pedro todo mundo tava dentro de casa vendo novela.
Mas não senti vontade de parar ali, continuei, queria ver mais... Na calçada havia vários skatista pra la e pra ca, fazendo suas manobras. E na mesma calçada um grupo de senhores engravatados conversava animados, dei de cara com umas meninas cheia de piercings por todo o rosto, umas com cabelos azuis, outra roxo, outra.. a não esse não é uma menina é um rapaz, nossa que mistureba de gente, continuei caminhando como um turista verdadeiro. Achando tudo aquilo incrível.
Nossa não acredito no que to vendo. Dois caras se beijando na boca em plena rua e na frente de todo mundo, nem eu que sou gay to acostumado a ver isso, essas pessoas aqui na rua pelo jeito sim, inclusive uma senhora que passeava com seu cachorrinho na coleira, quando ela viu aqueles dois sujeitos abriu um sorriso e foi em direção a eles parou e os abraçou, provavelmente velhos amigos.
Agora tenho mais que certeza que aqui vou me sentir como alguém normal.
Continuei e logo vi...Rua Augusta, na esquina estava lotado daqueles emos que a gente vê somente no Orkut, resolvi descer pela Augusta.
As roupas das pessoas era um show a parte. Todo mundo mais moderno. Cada vez sei que fiz a escolha certa de sair de São Pedro.
Fui caminhando sem destino. Vi um bar na esquina, com mesas na calçada, la dentro uma decoração muito legal, lembra bem bares americanos. Resolvi parar por la mesmo pra beber uma cerveja... fui entrando uma mocinha me parou.. desculpa mas tem filas de espera. Que droga!!!
Sai meio envergonhado.. e continuei.
Desci, desci e desci.. até chegar em um posto de gasolina. Entrei na conveniência do posto e comprei uma cerveja em lata.
Hum... ta gelada do jeito que gosto.
Fiquei na porta bebendo, sem saber o que fazer. Vi um grupo de amigos rindo, me senti um pouco solitário, mas não iria ficar triste por isso.
Eles foram indo pra outra rua, não sei por que, mas resolvi ir atrás.
Chegaram a outro bar que também estava cheio de gente, olhei nas mesas e vi duas mulheres se beijando, na outra dois caras abraçados, em pé outro beijo gay, todo mundo rindo e aproveitando a vida. Com certeza estava num bar gay. Só podia ser. Meu Deus, sempre tive vontade de ir a um lugar gay e eu aqui estou.
Olhei na placa que sinalizava o nome da rua. Rua Frei caneca.
Terminei minha cerveja, pedi outra, e outra... Quando vi já estava bem relaxado e me sentindo “quase” a vontade. Podia estar melhor se eu estive entre amigos. Mas tudo bem. Continuei ali bebendo em pé. De repente vejo uma garota com cabelos coloridos, uma linda garota, tinha piercing nos lábios e alargadores nas orelhas, nossos olhos se encontraram e ambos sorriram um para o outro, tive a sensação que já a conhecia e pelo jeito ela também.
Logo ela se aproximou e disse:
- Adorei sua camiseta.. Adoro esse filme Laranja Mecânica! Um amigo me prometeu me dar de presente, mas nunca me da... É um caralho mesmo!! Ela soltou uma gargalhada... Você ta sozinho aqui lindo?
-To sim! Disse.
- Ah, mas então não esta mais, vem com a gente, to com meus amigos ali... Vamos la?
Os paulistas tem fama de serem pessoas frias e reservadas, essa garota com certeza não é! Ou pelo menos não é paulista!
-Olha meu nome é Jessica, mas todo mundo me chama de Jehh! Prazer. Como é seu nome?
-Meu nome é Rafael e todo mundo me chama de Rafael!
Rimos.
Ela me levou ate aos amigos dela e foi me apresentando.
-Olha esse é o Rafael, mas podem chamar ele de Rafael mesmo, Rafael é só para os íntimos. Apenas nós dois rimos. Pois o restante não entenderam a piada. Olha Rafael esse aqui é o Cadu, Felipe, a careca aqui é Dani e esse é o Silvio.
Fiquei ali com eles bebendo e falando um monte de bobagens, me senti como se fossemos amigos há tempos.
Estou me sentindo tão bem!
De repente Dani a menina Careca disse:
-Gente já ta na hora, vamos pro Vegas, a gente termina de beber la.
-Vamos Rafa com a gente pro Vegas? É uma Baladinha aqui na Augusta!
Sem pensar duas vezes respondi: vamos!!!
Pagamos a conta e fomos descendo, Jehh e eu ficamos um pouco mais atrás conversando.
-Então Rafael ta fazendo o que aqui sozinho? Você mora onde?
-Eu to chegando à cidade hoje, na verdade não conheço nada e nem ninguém por aqui, to morando em uma pensão.
-Serio? De onde você veio?
-Moro em São Pedro! Quer dizer, acho que morava. E você Jehh é daqui mesmo?
-Não! Sou de Santa Catarina, morava numa Cidade chamada Brusque, to aqui fazendo faculdade de Cinema. Já faz dois anos que moro aqui.
-Cinema?? Nossa legal!!
-Você vai adorar a cidade Rafael, pode deixar que vou ser sua guia turística, pelo menos por essa noite.
Jehh parece ser uma garota legal! Meio doidinha, mas legal... Mas também hoje em dia quem não é meio doidinho não é?
Chegamos à frente da boate.
A fachada da boate é toda almofadada com um tecido dourado, no centro um balcão com duas hostess, e do lado esquerdo dois seguranças e na calçada uma fila enorme para entrar. Olhei acima vi: LAS VEGAS.
Capitulo 05
Alguém Normal
Fui caminhando ate o terminal Sacomã, era bem perto mesmo. Eu não via a hora de chegar na av. Paulista.
Perguntei a alguém qual ônibus passa no metro Alto do Ipiranga.
Logo o ônibus estava saindo a seu destino.
Desci na estação do metro, comprei o bilhete e quando fui passar pela catraca, um rapaz forte, moreno com cabelos cortados a maquina, com camiseta colada ao corpo deixando a mostra seus músculos definidos, uma calça jeans básica... Enfim um cara muito bonito. Desses que com certeza tem fama de “pega geral” ele estava saindo do metro, seus olhos se encontraram nos meus e senti aquele frio na barriga, ele sorriu. Passou pela catraca, olhou para traz e me pegou olhando também... Eu passei a catraca e pelo vidro continuamos aquela troca de olhares, comecei descer pela escada rolante e ele me deu um tchauzinhu... Nunca mais vou encontrar esse cara!
Que lindo!! Pensei... Nossa ele me olhou!! To me achando ate mais bonito! Vou me dar bem nessa cidade!
Pode parecer bobagem, mas fiquei ate mais confiante depois desse ocorrido!
Entrei no metro, não tinha lugar para sentar. Fui de pé, fui olhando em cada estação que o metro parava, ate que chegou à estação Brigadeiro, lembrei que Celma disse que podia descer ali, mas não desci...logo em seguida Trianon/MASP...foi nessa que resolvi descer, afinal se for o MASP que estou pensando é o famoso cartão postal da cidade.
Desci e quando sai pra rua, la estava ela, toda iluminada, carros indo e vindo em alta velocidade, prédios altos...sim é a av. Paulista. Linda.
Caminhei um pouco e logo vi... o cartão postal da cidade, o MASP. Nossa mas que medo! Ta todo escuro, tem moradores de ruas dormindo embaixo de caixas de papelão por todo lado, bem ao fundo um amontoado de jovens, fazendo o que eu não sei. Nossa por ser o cartão postal parece estar meio abandonado. Deve ser porque é noite..durante o dia a coisa deve mudar... logo saberei.
Mas um pouco a frente vi uns barzinhos e estavam todos lotados... Nossa mas é segunda-feira gente? Realmente São Paulo não dorme, não para, se fosse em São Pedro todo mundo tava dentro de casa vendo novela.
Mas não senti vontade de parar ali, continuei, queria ver mais... Na calçada havia vários skatista pra la e pra ca, fazendo suas manobras. E na mesma calçada um grupo de senhores engravatados conversava animados, dei de cara com umas meninas cheia de piercings por todo o rosto, umas com cabelos azuis, outra roxo, outra.. a não esse não é uma menina é um rapaz, nossa que mistureba de gente, continuei caminhando como um turista verdadeiro. Achando tudo aquilo incrível.
Nossa não acredito no que to vendo. Dois caras se beijando na boca em plena rua e na frente de todo mundo, nem eu que sou gay to acostumado a ver isso, essas pessoas aqui na rua pelo jeito sim, inclusive uma senhora que passeava com seu cachorrinho na coleira, quando ela viu aqueles dois sujeitos abriu um sorriso e foi em direção a eles parou e os abraçou, provavelmente velhos amigos.
Agora tenho mais que certeza que aqui vou me sentir como alguém normal.
Continuei e logo vi...Rua Augusta, na esquina estava lotado daqueles emos que a gente vê somente no Orkut, resolvi descer pela Augusta.
As roupas das pessoas era um show a parte. Todo mundo mais moderno. Cada vez sei que fiz a escolha certa de sair de São Pedro.
Fui caminhando sem destino. Vi um bar na esquina, com mesas na calçada, la dentro uma decoração muito legal, lembra bem bares americanos. Resolvi parar por la mesmo pra beber uma cerveja... fui entrando uma mocinha me parou.. desculpa mas tem filas de espera. Que droga!!!
Sai meio envergonhado.. e continuei.
Desci, desci e desci.. até chegar em um posto de gasolina. Entrei na conveniência do posto e comprei uma cerveja em lata.
Hum... ta gelada do jeito que gosto.
Fiquei na porta bebendo, sem saber o que fazer. Vi um grupo de amigos rindo, me senti um pouco solitário, mas não iria ficar triste por isso.
Eles foram indo pra outra rua, não sei por que, mas resolvi ir atrás.
Chegaram a outro bar que também estava cheio de gente, olhei nas mesas e vi duas mulheres se beijando, na outra dois caras abraçados, em pé outro beijo gay, todo mundo rindo e aproveitando a vida. Com certeza estava num bar gay. Só podia ser. Meu Deus, sempre tive vontade de ir a um lugar gay e eu aqui estou.
Olhei na placa que sinalizava o nome da rua. Rua Frei caneca.
Terminei minha cerveja, pedi outra, e outra... Quando vi já estava bem relaxado e me sentindo “quase” a vontade. Podia estar melhor se eu estive entre amigos. Mas tudo bem. Continuei ali bebendo em pé. De repente vejo uma garota com cabelos coloridos, uma linda garota, tinha piercing nos lábios e alargadores nas orelhas, nossos olhos se encontraram e ambos sorriram um para o outro, tive a sensação que já a conhecia e pelo jeito ela também.
Logo ela se aproximou e disse:
- Adorei sua camiseta.. Adoro esse filme Laranja Mecânica! Um amigo me prometeu me dar de presente, mas nunca me da... É um caralho mesmo!! Ela soltou uma gargalhada... Você ta sozinho aqui lindo?
-To sim! Disse.
- Ah, mas então não esta mais, vem com a gente, to com meus amigos ali... Vamos la?
Os paulistas tem fama de serem pessoas frias e reservadas, essa garota com certeza não é! Ou pelo menos não é paulista!
-Olha meu nome é Jessica, mas todo mundo me chama de Jehh! Prazer. Como é seu nome?
-Meu nome é Rafael e todo mundo me chama de Rafael!
Rimos.
Ela me levou ate aos amigos dela e foi me apresentando.
-Olha esse é o Rafael, mas podem chamar ele de Rafael mesmo, Rafael é só para os íntimos. Apenas nós dois rimos. Pois o restante não entenderam a piada. Olha Rafael esse aqui é o Cadu, Felipe, a careca aqui é Dani e esse é o Silvio.
Fiquei ali com eles bebendo e falando um monte de bobagens, me senti como se fossemos amigos há tempos.
Estou me sentindo tão bem!
De repente Dani a menina Careca disse:
-Gente já ta na hora, vamos pro Vegas, a gente termina de beber la.
-Vamos Rafa com a gente pro Vegas? É uma Baladinha aqui na Augusta!
Sem pensar duas vezes respondi: vamos!!!
Pagamos a conta e fomos descendo, Jehh e eu ficamos um pouco mais atrás conversando.
-Então Rafael ta fazendo o que aqui sozinho? Você mora onde?
-Eu to chegando à cidade hoje, na verdade não conheço nada e nem ninguém por aqui, to morando em uma pensão.
-Serio? De onde você veio?
-Moro em São Pedro! Quer dizer, acho que morava. E você Jehh é daqui mesmo?
-Não! Sou de Santa Catarina, morava numa Cidade chamada Brusque, to aqui fazendo faculdade de Cinema. Já faz dois anos que moro aqui.
-Cinema?? Nossa legal!!
-Você vai adorar a cidade Rafael, pode deixar que vou ser sua guia turística, pelo menos por essa noite.
Jehh parece ser uma garota legal! Meio doidinha, mas legal... Mas também hoje em dia quem não é meio doidinho não é?
Chegamos à frente da boate.
A fachada da boate é toda almofadada com um tecido dourado, no centro um balcão com duas hostess, e do lado esquerdo dois seguranças e na calçada uma fila enorme para entrar. Olhei acima vi: LAS VEGAS.
Moro em São Paulo! E agora? Cap 04
Moro em São Paulo! E agora?
Capitulo 04
Cicatriz
Fazia um certo tempo que eu não saia de casa.
Estava deprimido!
Com meus 17 anos a minha vida tava perdida e descontrolada demais. Há duas semanas havia me decidido largar as drogas e mudar totalmente. Comecei a ir numa pequena igreja evangélica perto de casa.
Todo dia, ia eu pra igreja, feliz a certo ponto. Dando glorias e aleluias para Deus. Afinal sem sombras de duvidas e muito alem de religião, Deus é digno.
Meu não acredito que faz duas semanas que não fumo um baseado, nem saio com meus amigos, to com saudade dos meus amigos. Pensei comigo. Talvez essa noite eu saia, fumar eu não fumo, mas quero ver meus amigos. Pensava.
Peguei o telefone e disquei para Camila, minha amiga e companheira de bagunça em sala de aula, em baladas, em tudo... A gente fumo nosso primeiro baseado juntos.
_Camila? Oi é o Rafa! Tudo bem?...É to meio sumido mesmo... tava indo pra igreja... pois é...então.. Sabe por que to te ligando? Você vai pra escola hoje a noite?.. hum... ai então passa em casa porque quero ir também... Faz duas semanas que não vejo ninguém... Tá te espero. Desliguei.
As seis e meia da tarde estava pronto, esperando Camila passar em casa. Ela chegaria por volta das quinze para sete.
Logo ouvi o assobio. Era assim que ela me chamava em casa, com um mero assobio.
-Tchau mãe, to saindo!!
Sai correndo abri a porta e la estava Camila...fomos indo em direção pra escola, como de costume paramos atrás do cemitério, ela acendeu uma ponta de um baseado, deu umas tragadas e me ofereceu.
-Não obrigado! Eu estava realmente decidido a não fumar, não era certo fazer aquilo com Deus. Pensei. Afinal as ultimas semanas Deus me deu um pouco de felicidade.
Camila então terminou de fumar e continuamos em nosso caminho.
Fomos conversando normalmente, ela me contava os últimos acontecimentos, eu não tinha o que contar porque meus últimos dias foram “iguais”. E outra, mesmo que eu tivesse matado alguém, ou tivesse conhecido alguém famoso, Camila nunca ia parar e ouvir minha historia. Esse era o defeito dela, não me ouvia.
Chegamos a frente à escola e paramos na Praça Santa Cruz, todo mundo se encontrava la, ela fica bem em frente a escola, de sexta feira lota, todo mundo mata aula pra ficar la. Chegamos e la estava alguns caras que anda com a gente, Marcelo, Ricardo e Torão. Cumprimentamos e sentamos do lado deles, ficamos por la fazendo hora. Da li a pouco chega Thais e Célia e fica junto à gente também. Marcio veio logo atrás acompanhado de Patrícia sua namorada. Todo mundo falava alto, ria... fumava um cigarrinho...e eu tava ali no meio.. tentando fazer parte daquela turma, afinal ninguém ali era gay, e nem sabiam que eu era gay, pelo menos não sabia pela minha boca.
Nem todos, mas alguns dos caras que ali estava eu percebia que eles tinham um certo receio de falar comigo e ficar mal falado na cidade.
Logo então apareceu a melhor amiga (amiga mulher) de Camila, a Carol.
Camila quando a viu deu um grito: Carol você vai ao churrasco na casa do Paulão hoje?
Carol respondeu logo que não iria, pois tinha que entrar pra escola, deu alguns passos em direção a escola e voltou atrás no que disse afinal churrasco era sempre bom, ainda mais na casa do Paulão, regado de maconha, cerveja e as vezes ate cocaína.
-Aí, Camila decidi ir sim... Ehhehe.. Riu meio sem graça.
Todos enrolaram um pouco mais por ali..Thais e Célia entrou realmente para escola.
Eu já fazia um certo tempo que havia abandonado de vez os estudos.
Então o restante disse: VAMOS?
Todos se levantaram e simplesmente disseram!
-Falou Rafael!! A gente se vê!
Eu fiquei em choque no momento, será que ninguém vai me convidar pra ir junto, Camila??? Cadê a Camila?? Ela.. ãn.. ela já ta indo na frente fofocando com a Carol.
Ai.. Ela olhou para trás, ta me procurando...ufaaa...respirei aliviado.
To aqui Camila. Pensei.
Camila me olhou, sorriu e me deu um tchau.
Todos se foram! Todos foram para o maldito churrasco na casa do Paulão.
Eu fiquei sentado sozinho, olhando todos de costas para mim, sorrindo, brincando, enfim... Senti o rosto formigar e a ficar quente. De repente sinto uma lagrima escorrer pelo meu rosto, eu continuei imóvel, somente lagrimas rolando.
Levantei-me então e comecei a caminhar lentamente em direção a minha casa.
Abri o portão, entrei em casa minha mãe estava na sala vendo a novela das sete.
-Ué?? Já voltou Rafael? Percebendo que algo havia acontecido perguntou: que foi?? O que aconteceu??
Não tive forças pra contar, cai de joelhos, com todo peso daquela imensa dor...chorei...chorei....minha mãe assustada veio ate a mim correndo e me abraçou, ficamos ali ajoelhados e chorando juntos...sei que minha mãe sentiu minha dor.
Neste dia senti meu coração se rasgar ao meio.
E nele ate hoje fica essa marca, essa cicatriz.
Meu passado foi doloroso.
Capitulo 04
Cicatriz
Fazia um certo tempo que eu não saia de casa.
Estava deprimido!
Com meus 17 anos a minha vida tava perdida e descontrolada demais. Há duas semanas havia me decidido largar as drogas e mudar totalmente. Comecei a ir numa pequena igreja evangélica perto de casa.
Todo dia, ia eu pra igreja, feliz a certo ponto. Dando glorias e aleluias para Deus. Afinal sem sombras de duvidas e muito alem de religião, Deus é digno.
Meu não acredito que faz duas semanas que não fumo um baseado, nem saio com meus amigos, to com saudade dos meus amigos. Pensei comigo. Talvez essa noite eu saia, fumar eu não fumo, mas quero ver meus amigos. Pensava.
Peguei o telefone e disquei para Camila, minha amiga e companheira de bagunça em sala de aula, em baladas, em tudo... A gente fumo nosso primeiro baseado juntos.
_Camila? Oi é o Rafa! Tudo bem?...É to meio sumido mesmo... tava indo pra igreja... pois é...então.. Sabe por que to te ligando? Você vai pra escola hoje a noite?.. hum... ai então passa em casa porque quero ir também... Faz duas semanas que não vejo ninguém... Tá te espero. Desliguei.
As seis e meia da tarde estava pronto, esperando Camila passar em casa. Ela chegaria por volta das quinze para sete.
Logo ouvi o assobio. Era assim que ela me chamava em casa, com um mero assobio.
-Tchau mãe, to saindo!!
Sai correndo abri a porta e la estava Camila...fomos indo em direção pra escola, como de costume paramos atrás do cemitério, ela acendeu uma ponta de um baseado, deu umas tragadas e me ofereceu.
-Não obrigado! Eu estava realmente decidido a não fumar, não era certo fazer aquilo com Deus. Pensei. Afinal as ultimas semanas Deus me deu um pouco de felicidade.
Camila então terminou de fumar e continuamos em nosso caminho.
Fomos conversando normalmente, ela me contava os últimos acontecimentos, eu não tinha o que contar porque meus últimos dias foram “iguais”. E outra, mesmo que eu tivesse matado alguém, ou tivesse conhecido alguém famoso, Camila nunca ia parar e ouvir minha historia. Esse era o defeito dela, não me ouvia.
Chegamos a frente à escola e paramos na Praça Santa Cruz, todo mundo se encontrava la, ela fica bem em frente a escola, de sexta feira lota, todo mundo mata aula pra ficar la. Chegamos e la estava alguns caras que anda com a gente, Marcelo, Ricardo e Torão. Cumprimentamos e sentamos do lado deles, ficamos por la fazendo hora. Da li a pouco chega Thais e Célia e fica junto à gente também. Marcio veio logo atrás acompanhado de Patrícia sua namorada. Todo mundo falava alto, ria... fumava um cigarrinho...e eu tava ali no meio.. tentando fazer parte daquela turma, afinal ninguém ali era gay, e nem sabiam que eu era gay, pelo menos não sabia pela minha boca.
Nem todos, mas alguns dos caras que ali estava eu percebia que eles tinham um certo receio de falar comigo e ficar mal falado na cidade.
Logo então apareceu a melhor amiga (amiga mulher) de Camila, a Carol.
Camila quando a viu deu um grito: Carol você vai ao churrasco na casa do Paulão hoje?
Carol respondeu logo que não iria, pois tinha que entrar pra escola, deu alguns passos em direção a escola e voltou atrás no que disse afinal churrasco era sempre bom, ainda mais na casa do Paulão, regado de maconha, cerveja e as vezes ate cocaína.
-Aí, Camila decidi ir sim... Ehhehe.. Riu meio sem graça.
Todos enrolaram um pouco mais por ali..Thais e Célia entrou realmente para escola.
Eu já fazia um certo tempo que havia abandonado de vez os estudos.
Então o restante disse: VAMOS?
Todos se levantaram e simplesmente disseram!
-Falou Rafael!! A gente se vê!
Eu fiquei em choque no momento, será que ninguém vai me convidar pra ir junto, Camila??? Cadê a Camila?? Ela.. ãn.. ela já ta indo na frente fofocando com a Carol.
Ai.. Ela olhou para trás, ta me procurando...ufaaa...respirei aliviado.
To aqui Camila. Pensei.
Camila me olhou, sorriu e me deu um tchau.
Todos se foram! Todos foram para o maldito churrasco na casa do Paulão.
Eu fiquei sentado sozinho, olhando todos de costas para mim, sorrindo, brincando, enfim... Senti o rosto formigar e a ficar quente. De repente sinto uma lagrima escorrer pelo meu rosto, eu continuei imóvel, somente lagrimas rolando.
Levantei-me então e comecei a caminhar lentamente em direção a minha casa.
Abri o portão, entrei em casa minha mãe estava na sala vendo a novela das sete.
-Ué?? Já voltou Rafael? Percebendo que algo havia acontecido perguntou: que foi?? O que aconteceu??
Não tive forças pra contar, cai de joelhos, com todo peso daquela imensa dor...chorei...chorei....minha mãe assustada veio ate a mim correndo e me abraçou, ficamos ali ajoelhados e chorando juntos...sei que minha mãe sentiu minha dor.
Neste dia senti meu coração se rasgar ao meio.
E nele ate hoje fica essa marca, essa cicatriz.
Meu passado foi doloroso.
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Moro em São Paulo! E agora? Cap 03
Moro em São Paulo! E agora¿
Capitulo 03
Perdido nas incertezas
Puta frio na barriga!
To com medo, não da cidade, nem de não encontrar a pensão...é estranha a sensação, to pensando demais na minha mãe, enquanto não dobrei a esquina ela não entrou e nem parou de me dar tchau...tadinha.
Ana mais uma vez ficou sozinha no mundo.
-Moço, por favor, como faço pra chegar ao Sacomã¿ perguntei ao guarda rodoviário.
-Você pega o sentido Jabaquara, vai ate a Sé então pega a linha vermelha sentido Itaquera, desce no Dom Pedro, sobe pela passarela, pega o ‘fura fila’ e enfim sentido Terminal Sacomã.
-Ah...Ob..obrigado!
To perdido, não entendi nada, só Jabaquara.
To mais ainda perdido nas incertezas do meu futuro.
Meu... quanta gente. Ninguém nem olha na minha cara. To começando a ficar feliz. Comprei o bilhete do metro e La vamos nós, sentido Jabaquara. Coloquei o fone de o ouvido, [Fix you-Coldplay]. Essa musica sempre me faz bem.
Olhando vidro a fora do metro, começo, a olhar a fundo a cidade de São Paulo, olhando de perto ela não ta tão bonita como via na TV, mas é aqui que quero viver.
Se tudo der certo, consigo um emprego no primeiro mês. Peguei 04 parcelas de seguro desemprego no valor de R$385,00. É pouco, mas me ajuda, vou pagar 250,00 paus pra dividir um quarto com um estranho. Tudo bem também.
Apesar de me preocupar o fato de ser gay.
Cheguei rápido na estação da Sé, enorme por sinal. Pra que lado eu vou¿ As malas estão começando pesar, levo comigo duas malas de Mao e uma mochila nas costas. Ta pesado demais e eu nem sei onde estou. Vou perguntar novamente a alguém.
Uma estação depois, desci no dom Pedro, foi fácil encontrar o ‘ fura fila’, mais fácil ainda terminal Sacomã, pois no fura fila apenas tem dois sentidos, terminal mercado e Sacomã.Quando cheguei ao terminal o combinado era ligar pra Celma, a dona da pensão. Liguei e quinze minutos depois La estava ela. Uma senhora gorda com voz aguda, muito simpática.
-Então¿ vamos pra casa garoto¿ disse Ela sorrindo.
Casa. Meu Deus. CASA.
A pensão se situa na Av. Estradas das Lagrimas, nome lindo esse, adorei.
A pensão é um sobradinho antigo, pintado de amarelinho e já descascando. Entramos, no sofá um velho dormindo de boca aberta, um dos moradores da pensão. Celma ia me dizendo sobre o conforto da pensão.
- Temos TV a cabo, internet... a vontade, e de graça! De graça porque se trata de ‘gato’...HAHAHA... Soltou uma sonora gargalhada. Olha sobre o telefone você pode usar, mas depois cada um paga o que usou, funciona assim, você nunca disca, ele fica trancado e quando for ligar me fala que disco e anoto aqui nessa agenda o numero que você ligou, quando a conta chegar eu sei quanto cada um tem que pagar... Entendeu¿
Celma enquanto dizia as regras do lugar, foi me levando até o quarto que iria começar a morar.
O quarto era pequeno e escuro, mas dentro dele estava bem distribuído três camas, uma beliche e outra de casal. Celma me explicou que a cama de casal dormia seu filho Renato, na cama de baixo João, o velho que dormia boquiaberto no sofá. Ela mostrou duas gavetas da cômoda que ficava ao canto, era La que guardaria minhas roupas, pelo menos parte delas, o resto ficaria dentro da mala.
O quarto fedia meias sujas, misturado ao fedor das paredes mofadas.
Deixei minhas malas num canto, desci tomei um banho e estava ansioso para viver a nova vida que Deus me dava a partir daquele 30 de julho.
Após o banho fui servido com uma xícara de café quente e biscoito de polvilho.
Sobre a pia da cozinha havia uma pilha de louça a ser lavada. Celma se dirigiu a pia e enquanto fazia sua tarefa me perguntava o porque de fazer a loucura de morar numa cidade tão violenta e caótica de São Paulo.
Mal sabe ela que caótica era minha vida em São Pedro.
Terminei meu café e cansado das perguntas de Celma, me retirei e subi para deitar um pouco. Estava cansado da viagem. Era 16h48min da tarde....dormi...acordei estava escuro. Desci do beliche para acender a luz, mas a acenderam antes.
Um cara magro, branquelo, com cabelos lisos ate a metade das costas. Vestia um, sobretudo preto, calças pretas e coturno militar e na camiseta estava escrito em letras vermelhas a palavra VIL. Um gótico típico.
Ele se assustou ao me ver de pé ali. Mas logo notou que se tratava de mais um estranho a morar ali com ele. Soltou um mero ‘e aí¿’ se jogou na cama de casal pegou o livro SETIMO de Andre Vianco e se pos a ler. Este é Renato, filho da Celma.
Olhei no relógio passava um pouco das oito da noite. Realmente tava cansado. Desci e La estava Celma preparando o jantar.
E eu não queria ficar ali na pensão. Perguntei onde poderia tomar uma cerveja e Celma disse que ali só tinha boteco perigoso para um rapaz como eu. Me chamou de viadinho praticamente.
- Celma é muito difícil eu chegar na Av. Paulista daqui¿
- Não. Claro que não! Vai ate o terminal aqui, e pega um ônibus que passe no metro Alto do Ipiranga, ai você pega o metro e desce na estação Trianon, ou Brigadeiro ou ate mesmo Consolação... Depende de que altura queira ir.
Av. Paulista aqui vou eu!!!
Tomei outro banho e antes de me vestir, fiquei olhando meu corpo nu no espelho. Meu corpo magro, braços longos, meu rosto marcado por muitas desilusões, meus lábios, meus olhos negros levemente tristes e meus cabelos pretos e alisados... Olhava-me como uma despedida.
Despedia-me do Rafael.
A partir daquele dia nascia outro... Um novo Rafael... Vesti um jeans, meu All Star e minha camiseta preta com a estampa do Laranja mecânica.
Então sai em direção a minha nova vida, em direção a famosa Av. Paulista e da noite da cidade que nunca dorme.
Capitulo 03
Perdido nas incertezas
Puta frio na barriga!
To com medo, não da cidade, nem de não encontrar a pensão...é estranha a sensação, to pensando demais na minha mãe, enquanto não dobrei a esquina ela não entrou e nem parou de me dar tchau...tadinha.
Ana mais uma vez ficou sozinha no mundo.
-Moço, por favor, como faço pra chegar ao Sacomã¿ perguntei ao guarda rodoviário.
-Você pega o sentido Jabaquara, vai ate a Sé então pega a linha vermelha sentido Itaquera, desce no Dom Pedro, sobe pela passarela, pega o ‘fura fila’ e enfim sentido Terminal Sacomã.
-Ah...Ob..obrigado!
To perdido, não entendi nada, só Jabaquara.
To mais ainda perdido nas incertezas do meu futuro.
Meu... quanta gente. Ninguém nem olha na minha cara. To começando a ficar feliz. Comprei o bilhete do metro e La vamos nós, sentido Jabaquara. Coloquei o fone de o ouvido, [Fix you-Coldplay]. Essa musica sempre me faz bem.
Olhando vidro a fora do metro, começo, a olhar a fundo a cidade de São Paulo, olhando de perto ela não ta tão bonita como via na TV, mas é aqui que quero viver.
Se tudo der certo, consigo um emprego no primeiro mês. Peguei 04 parcelas de seguro desemprego no valor de R$385,00. É pouco, mas me ajuda, vou pagar 250,00 paus pra dividir um quarto com um estranho. Tudo bem também.
Apesar de me preocupar o fato de ser gay.
Cheguei rápido na estação da Sé, enorme por sinal. Pra que lado eu vou¿ As malas estão começando pesar, levo comigo duas malas de Mao e uma mochila nas costas. Ta pesado demais e eu nem sei onde estou. Vou perguntar novamente a alguém.
Uma estação depois, desci no dom Pedro, foi fácil encontrar o ‘ fura fila’, mais fácil ainda terminal Sacomã, pois no fura fila apenas tem dois sentidos, terminal mercado e Sacomã.Quando cheguei ao terminal o combinado era ligar pra Celma, a dona da pensão. Liguei e quinze minutos depois La estava ela. Uma senhora gorda com voz aguda, muito simpática.
-Então¿ vamos pra casa garoto¿ disse Ela sorrindo.
Casa. Meu Deus. CASA.
A pensão se situa na Av. Estradas das Lagrimas, nome lindo esse, adorei.
A pensão é um sobradinho antigo, pintado de amarelinho e já descascando. Entramos, no sofá um velho dormindo de boca aberta, um dos moradores da pensão. Celma ia me dizendo sobre o conforto da pensão.
- Temos TV a cabo, internet... a vontade, e de graça! De graça porque se trata de ‘gato’...HAHAHA... Soltou uma sonora gargalhada. Olha sobre o telefone você pode usar, mas depois cada um paga o que usou, funciona assim, você nunca disca, ele fica trancado e quando for ligar me fala que disco e anoto aqui nessa agenda o numero que você ligou, quando a conta chegar eu sei quanto cada um tem que pagar... Entendeu¿
Celma enquanto dizia as regras do lugar, foi me levando até o quarto que iria começar a morar.
O quarto era pequeno e escuro, mas dentro dele estava bem distribuído três camas, uma beliche e outra de casal. Celma me explicou que a cama de casal dormia seu filho Renato, na cama de baixo João, o velho que dormia boquiaberto no sofá. Ela mostrou duas gavetas da cômoda que ficava ao canto, era La que guardaria minhas roupas, pelo menos parte delas, o resto ficaria dentro da mala.
O quarto fedia meias sujas, misturado ao fedor das paredes mofadas.
Deixei minhas malas num canto, desci tomei um banho e estava ansioso para viver a nova vida que Deus me dava a partir daquele 30 de julho.
Após o banho fui servido com uma xícara de café quente e biscoito de polvilho.
Sobre a pia da cozinha havia uma pilha de louça a ser lavada. Celma se dirigiu a pia e enquanto fazia sua tarefa me perguntava o porque de fazer a loucura de morar numa cidade tão violenta e caótica de São Paulo.
Mal sabe ela que caótica era minha vida em São Pedro.
Terminei meu café e cansado das perguntas de Celma, me retirei e subi para deitar um pouco. Estava cansado da viagem. Era 16h48min da tarde....dormi...acordei estava escuro. Desci do beliche para acender a luz, mas a acenderam antes.
Um cara magro, branquelo, com cabelos lisos ate a metade das costas. Vestia um, sobretudo preto, calças pretas e coturno militar e na camiseta estava escrito em letras vermelhas a palavra VIL. Um gótico típico.
Ele se assustou ao me ver de pé ali. Mas logo notou que se tratava de mais um estranho a morar ali com ele. Soltou um mero ‘e aí¿’ se jogou na cama de casal pegou o livro SETIMO de Andre Vianco e se pos a ler. Este é Renato, filho da Celma.
Olhei no relógio passava um pouco das oito da noite. Realmente tava cansado. Desci e La estava Celma preparando o jantar.
E eu não queria ficar ali na pensão. Perguntei onde poderia tomar uma cerveja e Celma disse que ali só tinha boteco perigoso para um rapaz como eu. Me chamou de viadinho praticamente.
- Celma é muito difícil eu chegar na Av. Paulista daqui¿
- Não. Claro que não! Vai ate o terminal aqui, e pega um ônibus que passe no metro Alto do Ipiranga, ai você pega o metro e desce na estação Trianon, ou Brigadeiro ou ate mesmo Consolação... Depende de que altura queira ir.
Av. Paulista aqui vou eu!!!
Tomei outro banho e antes de me vestir, fiquei olhando meu corpo nu no espelho. Meu corpo magro, braços longos, meu rosto marcado por muitas desilusões, meus lábios, meus olhos negros levemente tristes e meus cabelos pretos e alisados... Olhava-me como uma despedida.
Despedia-me do Rafael.
A partir daquele dia nascia outro... Um novo Rafael... Vesti um jeans, meu All Star e minha camiseta preta com a estampa do Laranja mecânica.
Então sai em direção a minha nova vida, em direção a famosa Av. Paulista e da noite da cidade que nunca dorme.
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Conhecendo Raizes. cap 02
Moro em São Paulo! E agora¿
Capitulo 02
Conhecendo raízes
Sou filho de Ana, Sou filho de Lazaro.
Ana aos nove anos perdeu o pai numa tragédia cômica causada pelo destino, ela morava em um sitio e todo dia esperava ansiosa seu pai voltar do trabalho no final da tarde, pra receber com muito amor uma paçoquinha que seu pai trazia todo dia.
Mas naquela tarde de verão, depois de uma tempestade, Ana estava aflita por motivo desconhecido. Leonardo, seu pai, o meu avo, voltando do trabalho, caminhando pela mesma trilha de sempre naquele pasto cercado por arame farpado.
Ao passar pelo ‘mata burro’ encostou suas mãos sofridas da roça no arame da cerca, levando um choque fatal. Tudo isso por culpa da maldita tempestade que arrebentou um fio da rede elétrica e derrubando-o bem encima da cerca.
Ana naquele dia não comeu a paçoquinha, alias ate hoje ela não consegue mais comer paçocas.
Aos 15 anos, Clara, mãe de Ana, minha avo, morreu de repente com enfarte fulminante. Ana filha única se viu só nesse mundo, foi morar em São Pedro com uma tia, conheceu Lazaro e aos 16 anos casou-se com ele na esperança de encontrar felicidade!
Não tenho muito que falar do meu pai, não sei, estranho, parece que eu não o conheço, minha lembrança do meu pai é ele brigando comigo porque eu brincava na rua, ele era severo e o respeitava por medo de apanhar.
Batia-me e não me deixava chorar, pois homem não chora.
Se eu chorasse apanhava mais.
Mas meu medo passou aos 13 anos, quando vi Ana chorando.
Lazaro engravidou outra mulher!
Nunca mais fui o mesmo com meu pai, virei um rebelde com causa!
Ana não foi dessa vez que encontrou a felicidade.
Capitulo 02
Conhecendo raízes
Sou filho de Ana, Sou filho de Lazaro.
Ana aos nove anos perdeu o pai numa tragédia cômica causada pelo destino, ela morava em um sitio e todo dia esperava ansiosa seu pai voltar do trabalho no final da tarde, pra receber com muito amor uma paçoquinha que seu pai trazia todo dia.
Mas naquela tarde de verão, depois de uma tempestade, Ana estava aflita por motivo desconhecido. Leonardo, seu pai, o meu avo, voltando do trabalho, caminhando pela mesma trilha de sempre naquele pasto cercado por arame farpado.
Ao passar pelo ‘mata burro’ encostou suas mãos sofridas da roça no arame da cerca, levando um choque fatal. Tudo isso por culpa da maldita tempestade que arrebentou um fio da rede elétrica e derrubando-o bem encima da cerca.
Ana naquele dia não comeu a paçoquinha, alias ate hoje ela não consegue mais comer paçocas.
Aos 15 anos, Clara, mãe de Ana, minha avo, morreu de repente com enfarte fulminante. Ana filha única se viu só nesse mundo, foi morar em São Pedro com uma tia, conheceu Lazaro e aos 16 anos casou-se com ele na esperança de encontrar felicidade!
Não tenho muito que falar do meu pai, não sei, estranho, parece que eu não o conheço, minha lembrança do meu pai é ele brigando comigo porque eu brincava na rua, ele era severo e o respeitava por medo de apanhar.
Batia-me e não me deixava chorar, pois homem não chora.
Se eu chorasse apanhava mais.
Mas meu medo passou aos 13 anos, quando vi Ana chorando.
Lazaro engravidou outra mulher!
Nunca mais fui o mesmo com meu pai, virei um rebelde com causa!
Ana não foi dessa vez que encontrou a felicidade.
Moro em São Paulo! E agora? Cap 01
Moro em São Paulo! E agora?
Capitulo 01
Mil por hora!
Sexta-feira, 01 de julho de 2007.
O irritante despertador começa a me torturar como faz todos os dias.
FILHO DA PUTA é a primeira palavra que me vem á mente todos os dias. Como sempre, me rastejo até o banheiro. A água fria no rosto ajuda a despertar.
No espelho reflete toda minha infelicidade em acordar e enfrentar mais um dia nessa porcaria de cidade chamada São Pedro, cidade turística, cidade de merda, com 35, 000 habitantes que adoram a disputa ‘do quem pode mais’, quem tem o tênis mais moderno, o carro mais legal, quem foi na melhor festa... Enfim, nessa disputa se esquecem que o mesmo playboy que calça nos pés o tênis original da Nike leva consigo dentro da mochila Adidas uma marmita com arroz, feijão e ovo frito pra comer na hora do almoço.
To atrasado de novo pro trabalho, que droga!
É impossível não sentir pena da minha vida inútil. Tenho 21 anos, sou cheio de sonhos que não se realiza, odeio meu emprego que me faz trabalhar de domingos, feriados ate tarde da noite e sem me pagar hora extra, será que a VADIA da minha patroa não sabe que o tempo da escravidão acabou?
Meu único prazer é bater punheta na frente de sites pornôs que enchem meu computador de vírus. Não agüento mais isso. Tenho a necessidade de viver emoções de verdade, daquelas que parece que todo mundo vive.
Sinto como se todo mundo tivesse a mil por hora e eu parado no acostamento por estar sem combustível.
No caminho ao ponto de ônibus alguém grita:
RAFAEL VIADO FILHO DA PUTA!
Sim. Rafael sou eu!Quer saber, não quero mais viver! Pelo menos, não dessa forma. To cheio de ódio por dentro. Cheguei ao inferno da loja que trabalho, no decorrer do dia, dei 10 reais a mais no troco de uma cliente, minha patroa vaca veio me falar um monte, miserável, lazarenta. Eu de saco cheio mandei ela tomar no cú.
DEMITIDO!!!
Pronto, to mais fodido que de costume. Sexta-feira boa essa!!!
Depois de chorar muito, de dar entrada no FGTS, seguro desemprego, tomei a decisão que já devia ter tomado há muito tempo. Vou mudar de cidade. Vou pra São Paulo. Sei que não conheço nada, a única vez que fui pra La foi numa excursão pro playcenter, o fato de não conhecer ninguém é a melhor parte, pelo menos começo tudo do zero, vou fingir que sempre fui feliz. Fingir ser alguém normal.
No dia 30 de julho de 2007, deixei minha mãe chorando sozinha no portão. As 3;00 horas da tarde cheguei no terminal tiete.
Encontrar uma pensão na internet foi fácil, o difícil é encontrar ela aqui, sei que ela fica no Sacomã, mas pra que lado fica? Jabaquara ou Tucuruvi?
Capitulo 01
Mil por hora!
Sexta-feira, 01 de julho de 2007.
O irritante despertador começa a me torturar como faz todos os dias.
FILHO DA PUTA é a primeira palavra que me vem á mente todos os dias. Como sempre, me rastejo até o banheiro. A água fria no rosto ajuda a despertar.
No espelho reflete toda minha infelicidade em acordar e enfrentar mais um dia nessa porcaria de cidade chamada São Pedro, cidade turística, cidade de merda, com 35, 000 habitantes que adoram a disputa ‘do quem pode mais’, quem tem o tênis mais moderno, o carro mais legal, quem foi na melhor festa... Enfim, nessa disputa se esquecem que o mesmo playboy que calça nos pés o tênis original da Nike leva consigo dentro da mochila Adidas uma marmita com arroz, feijão e ovo frito pra comer na hora do almoço.
To atrasado de novo pro trabalho, que droga!
É impossível não sentir pena da minha vida inútil. Tenho 21 anos, sou cheio de sonhos que não se realiza, odeio meu emprego que me faz trabalhar de domingos, feriados ate tarde da noite e sem me pagar hora extra, será que a VADIA da minha patroa não sabe que o tempo da escravidão acabou?
Meu único prazer é bater punheta na frente de sites pornôs que enchem meu computador de vírus. Não agüento mais isso. Tenho a necessidade de viver emoções de verdade, daquelas que parece que todo mundo vive.
Sinto como se todo mundo tivesse a mil por hora e eu parado no acostamento por estar sem combustível.
No caminho ao ponto de ônibus alguém grita:
RAFAEL VIADO FILHO DA PUTA!
Sim. Rafael sou eu!Quer saber, não quero mais viver! Pelo menos, não dessa forma. To cheio de ódio por dentro. Cheguei ao inferno da loja que trabalho, no decorrer do dia, dei 10 reais a mais no troco de uma cliente, minha patroa vaca veio me falar um monte, miserável, lazarenta. Eu de saco cheio mandei ela tomar no cú.
DEMITIDO!!!
Pronto, to mais fodido que de costume. Sexta-feira boa essa!!!
Depois de chorar muito, de dar entrada no FGTS, seguro desemprego, tomei a decisão que já devia ter tomado há muito tempo. Vou mudar de cidade. Vou pra São Paulo. Sei que não conheço nada, a única vez que fui pra La foi numa excursão pro playcenter, o fato de não conhecer ninguém é a melhor parte, pelo menos começo tudo do zero, vou fingir que sempre fui feliz. Fingir ser alguém normal.
No dia 30 de julho de 2007, deixei minha mãe chorando sozinha no portão. As 3;00 horas da tarde cheguei no terminal tiete.
Encontrar uma pensão na internet foi fácil, o difícil é encontrar ela aqui, sei que ela fica no Sacomã, mas pra que lado fica? Jabaquara ou Tucuruvi?
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